Sandro Santos Queiroz, conhecido pelos vulgos 'Real' ou 'Doideira', passou a ocupar a carta 'Rei de Espadas' do Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) neste ano. No entanto, o criminoso já toca o terror no estado há um tempo e é um antigo alvo das autoridades.
'Cabeça cara' da facção criminosa baiana chamada TDO2, ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), o elemento possui um histórico pesado, com envolvimento em tráfico de drogas, porte ilegal de arma, associação para o tráfico e até escapou da morte após receber seis tiros. Sua área de atuação é na RMS, com foco em Jequié, segundo a SSP.
Ressurgiu como fênix
Assim como diz o ditado popular: "Vaso ruim não quebra", 'Doidera' escapou da morte e ressurgiu como uma fênix no mundo do crime em meados de 2011. Na ocasião, ele foi baleado seis vezes, sendo atingido no abdômen, pescoço, ombro direito, pulmão e perna direita. Porém, continuou firme e forte, após ser socorrido em um hospital de Ilhéus.
Alvejado na cidade de Itagibá, o elemento já estava foragido da polícia e, para não deixar rastros, fugiu do hospital após atendimento. No entanto, a fuga durou pouco e as autoridades o encontraram e levaram escoltado para o HGE, em Salvador.
Participação em homicídio e morte policial
O 'menino bom' não parou por ai. Em 2015, ele foi preso em Santos - São Paulo, durante uma operação conjunta da Polícia Federal de Ilhéus e Vitória da Conquista/BA, que estavam de olho em Sandro.
Ele tinha mandados de prisão em aberto por comandar e distribuir drogas em Jequié, Jaguaquara, Ipiaú, Ilhéus e outras cidades baianas, além de arquitetar ataques mortais contra rivais e pessoas que estivessem no seu caminho.
Em um dos ataques ordenados por ele, o agente da Polícia Civil, Dilton Carlos Costa Silva, de 54 anos, foi morto por tiros enquanto estacionava o carro na praça para fazer compras em um supermercado de Jaguaquara, no sudoeste da Bahia. Após a prisão, ele foi transferido para a Bahia.
Envolvido com esquemas sexuais em presídio
Mesmo no presídio, 'Doidera' não deixou de aprontar. Em meados de 2018, enquanto cumpria pena no Conjunto Penal de Jequié, o bandido articulava um esquema de exploração sexual na ala feminina, tendo como braço direito Cristiane Klem de Oliveira, conhecida como 'Galega'.
Na época, as presas eram agenciadas para ele e outros comparsas em visitas íntimas dentro da unidade. Além disso, ele também orquestrava a entrada de objetos ilegais, como celulares, chips, carregadores, roupas e drogas.
Mais uma prisão e fuga
Quatro anos depois, em 2022, o criminoso foi preso novamente, desta vez no Cuiabá, Mato Grosso. Alvo da operação ‘Moeda Real’ ele ostentava uma vida de luxo no estado onde estava 'malocado', até ser localizado em um condomínio de luxo.
Com ele, foram encontrados R$ 16,5 mil, $ 100 dólares e dois 'carrões' de luxo. No entanto, o 'sangue ruim' não ficou preso por muito tempo e conseguiu fugir anos depois. Nos tempos atuais, ele entrou oficialmente no Baralho do Crime e voltou a ser destaque nas buscas policiais.
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