Dentro da expectativa, a fase de debates do júri popular do Caso Lucas Terra teve início na tarde desta quinta-feira (26). Deste ponto em diante o veredicto dos jurados sairá após as considerações do Ministério Público e da Defesa dos pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda.
Iniciado às 15h, "a previsão é de que esta fase dure pelo menos 9h. São duas horas para cada parte mais 2h para réplica e tréplica", explicou a advogada Tuany Sande, Auxiliar da Acusação.
E foi justamente a Denúncia, quem tomou a frente. O promotor Davi Gallo na oratória, apresentou por uma televisão instalada em frente ao júri, o vídeo em que Sílvio Galiza acusa os pastores no assassinato de Lucas Terra.
Na sequência, Gallo exibiu a foto do adolescente morto aos 14 anos em março de 2001. A cara "angelical" de uma "criança que se espelhava em seu algoz", disse o promotor e discorreu mais sobre as qualidades do filho caçula de Marion e José Carlos Terra.
"Alguém que morreu pela fé", afirmou Gallo ao liberar as imagens dos restos mortais. A sequência da narrativa deu conta de que "Lucas Terra foi espancado, amarrado, amordaçado, sufocado e queimado vivo". As imagens ainda mostram o terreno baldio no qual os restos mortais foram deixados na Avenida Vasco da Gama, em Salvador.
Carbonização
Na leitura do laudo cadavérico foi apontada a causa da morte: "falecimento por carbonização". E lida também a acareação entre os réus e o pastor-auxiliar Sílvio Galiza, condenado por este crime tendo Fernando Aparecido da Silva, hoje réu, arrolado como testemunha da Defesa no julgamento em 2018.
Vale ressaltar que ao fim dos debates ainda será julgado o mérito das acusações de perjúrio que pesam contra o pastor Beljair da Silva Santos, testemunha da Defesa pega em contradição ao dizer que morou na casa de pastor Joel.