Um homem, identificado como Agnaldo Antunes da Silva, de 44 anos, foi executado a tiros no bairro da Ondina, em Salvador, no último domingo (3). A família dele aponta que o autor dos disparos tenha sido um policial militar da 12ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Rio Vermelho).
Segundo os parentes, a vítima estava aproveitando o dia, tomando uma cerveja do lado de fora de casa, ao lado do filho de 7 anos, que brincava na rua, quando o vizinho, Felipe Rodrigues Lima, que é policial militar, passou na frente de todos engatilhando o revolver.
Agnaldo não teria gostado da atitude em frente ao filho de menor e foi reclamar, porém a resposta recebida foi três disparos diretos no corpo. O agente desfardado então partiu em fuga após cometer o ato. O pai de família foi socorrido até o Hospital Geral do Estado (HGE), mas acabou falecendo.
"Nós estávamos aqui, tomando cerveja, reunidos com os vizinhos. Esse elemento, que se diz policial, passou com a arma ostentando, engatilhou a arma e meu esposo não gostou. Ele desceu para falar que ele não poderia fazer isso, porque tinham crianças brincando. Mas só que não deu tempo dele falar. Deu três disparos no meu esposos, no pescoço, tórax e na barriga", contou a esposa de Agnaldo, que não quis se identificar.
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De acordo com moradores da região, o guarda era novato nas áreas e ficava procurando problema com todos, mostrando a arma como forma de intimidação. A mulher viúva também afirmou que Agnaldo e Felipe nunca haviam discutido.
Na ocorrência, a Polícia Militar afirmou ter recebido um chamado dos moradores do Alto da Ondina, socorrendo Agnaldo para o HGE. Foi informado a eles que o autor dos disparos seria um militar da unidade, que fugiu em seguida, ficando fora do radar dos agentes.
A PM não confirma o militar como suspeito, apenas indica que Agnaldo pode ter sido morto após não cumprimenta-lo. Além disso, Câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas serão solicitadas pela Polícia Civil para identificar a causa do incidente.
O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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