A batalha judicial que tomou conta dos holofotes da Justiça da Bahia entre as famílias materna e paterna da filha de Sara Mariano e Ederlan Mariano ganhou um episódio nesta quarta-feira (6). Depois do Ministério Público da Bahia (MP-BA) sugerir que a guarda da criança fique por conta da família do principal suspeito do assassinato da cantora gospel, a irmã da vítima conversou com exclusividade com o Portal MASSA!.
Desde o desaparecimento da irmã, Soraya Correia colou junto com a mãe, dona Dolores, para travar uma luta sobre o desfecho do crime que chocou o Brasil. Em contato com a reportagem, ela revelou que enxerga uma decisão final contrária à favorável ao indeferimento do novo pedido de busca e apreensão formulado pelos advogados maternos.
É inadmissível que a família do assassino da minha irmã fique com a guarda
“Ficamos tristes com a decisão deste parecer, mas, ao mesmo tempo, ficamos tranquilos por saber que o MP [Ministério Público] não tem o poder de decisão. Acreditamos ainda na justiça, que esse juiz que julgará o final dessa guarda, já que o MP não tem o poder de decretar quem vai ficar com a guarda definitiva. A minha mãe está triste porque começamos a ver como é que a justiça é. Porém, a gente está esperançoso com o fato de que o juiz venha ser sensato. É inadmissível que a família do assassino da minha irmã fique com a guarda”, iniciou.
A priori, apenas uma audiência que analisou a definição da guarda ocorreu, no último dia 29 de novembro. Porém, nos próximos dias, novos encontros devem acontecer para que o martelo seja batido sobre a guarda da menina, de 11 anos de idade.
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Neste momento, Esmeralda continua com a família de Ederlan, que está detido no Complexo Penitenciário de Mata Escura, na cidade de Salvador.
Está claro e evidente que o Ederlan foi o mandante, foi quem armou tudo
“Vamos lutar pela guarda da Esmeralda, porque ela não pode ficar com esse povo, não desistimos. Acredito que tudo vai ser apurado ainda porque ainda está em investigação, em sigilo, a respeito do assassinato da minha irmã e que a gente está claro e evidente que o Ederlan foi o mandante, foi quem armou tudo, foi quem se juntou com os aliados dele lá e fez esse horror, essa monstruosidade com a minha irmã”, cravou.
Criança ouvida
Na audiência inicial, a menina cedeu depoimento em uma sala reservada, no Fórum das Famílias, no bairro de Nazaré. Além dela, outras duas testemunhas e uma declarante também foram ouvidas pelas autoridades.
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