
Dez dias depois do crime brutal que abalou a cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, a Polícia Civil tenta juntar as peças do quebra-cabeça sobre as mortes de Alexsandra Suzart, Maria Helena Bastos e Mariana Bastos. As três foram assassinadas a facadas no dia 15 de agosto, enquanto passeavam com o cachorro na Praia dos Milionários, uma das mais badaladas do município.
Leia Também:
A investigação das forças policiais aponta que quatro pessoas já foram interrogadas e também passaram por exames periciais no Departamento de Polícia Técnica (DPT), mas até esta segunda-feira (25), ninguém foi preso.
Por outro lado, familiares e pessoas próximas às vítimas foram ouvidos. Cerca de 15 câmeras de segurança da região também estão sendo analisadas, conforme informações apuradas pelo Portal MASSA!.
Três amigas e um cachorro
As mulheres foram vistas vivas pela última vez por volta das 17h do dia 15, caminhando pela areia. Câmeras de segurança de barracas da praia registraram o momento: as três seguiam lado a lado, com uma delas segurando a coleira do cachorro, antes de sumirem.
Os corpos só foram encontrados no dia seguinte (16), por um grupo de jovens cristãos ligados às igrejas que as mulheres frequentavam. O cachorro, único sobrevivente do ataque, estava preso pela coleira em um coqueiro, ao lado das vítimas. O animal foi resgatado e está sob os cuidados da família da tutora.
Quebra-cabeça
Três possíveis suspeitos já foram identificados, mas nenhum deles foi localizado até agora. A principal linha de investigação aponta para um triplo homicídio cometido por dois ou três homens escondidos na mata da região, com suspeita de envolvimento de pessoas em situação de rua e usuários de drogas.

Apesar disso, não está descartada a possibilidade de que apenas uma pessoa tenha cometido o crime. O detalhe que pesa para essa tese é o padrão das facadas: todas as vítimas apresentavam lesões semelhantes na região do pescoço, o que pode indicar ação de um único autor.