
O empresário Marcelo Batista, suspeito de envolvimento no desaparecimento de dois funcionários de um ferro-velho, no bairro Pirajá, em Salvador, há nove meses, foi preso nesta terça-feira (26). Apesar da repercussão do caso antigo, a prisão não está relacionada ao sumiço dos funcionários, mas sim a uma tentativa de triplo homicídio.
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Segundo a Polícia Civil, Marcelo, junto a três outros homens, supostamente policiais, tentou matar três pessoas que teriam furtado materiais do ferro-velho. As vítimas foram atacadas com diversos tiros enquanto estavam dentro de um veículo.
Por sorte, as vítimas conseguiram escapar da emboscada após pularem do carro em movimento. Mesmo após estourar o caso do desaparecimento no ferro-velho, ocorrido um dia depois da tentativa de assassinato, Marcelo continuou ameaçando o trio, motivando a prisão preventiva nesta terça-feira (26).
Relembre o caso
No dia 4 de novembro de 2024, os funcionários do ferro-velho, Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Lima Muniz, de 25, desapareceram. Há suspeitas de que Marcelo teria torturado e matado os jovens dentro de um galpão do estabelecimento, acreditando que eles o estariam roubando.
Até o momento, os corpos das vítimas não foram encontrados. Marcelo se entregou à polícia em junho deste ano e respondia em liberdade provisória, após pedir desculpas ao júri e, segundo a Justiça, demonstrar arrependimento.
Além disso, Marcelo Batista responde a nove processos na Justiça do Trabalho por descumprimento de pagamento, assédio sexual e tortura no ‘ferro-velho do terror’.