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Se deram mal - 02/12/2025, 18:19 - Da Redação

Dois PMs envolvidos em tortura e morte são presos e 4 são afastados

Crime ocorreu na casa da vítima e na presença de um familiar

Prisão ocorreu nesta terça-feira (2)
Prisão ocorreu nesta terça-feira (2) |  Foto: Reprodução/ MPBA

A Operação Invisíveis, deflagrada nesta terça-feira (2) pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) resultou na prisão de dois policiais militares e no afastamento das funções de outros quatro. A ação tem como foco seis agentes envolvidos na tortura e morte de Edmilson Cruz do Carmo, ocorrida em 17 de fevereiro de 2024, em Monte Santo, no sertão baiano.

Os PMs são investigados pelos crimes de homicídio qualificado e fraude processual. A operação cumpriu decisões judiciais da Vara Criminal de Monte Santo.

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De acordo com o MPBA, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios baianos de Euclides da Cunha, Ribeira do Pombal e Monte Santo; em Aracaju, capital sergipana, e em Trindade, Pernambuco. As casas dos seis agentes investigados e as sedes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Nordeste, localizadas em Ribeira do Pombal e Monte Santo também foram revistadas. Armas, celulares, simulacro de armas e outro objetos foram apreendidos e passarão por perícia.

Versões diferentes

Segundo as apurações realizadas pelo MPBA, após inconsistências entre os laudos periciais preliminares e a versão dos fatos apresentadas pelos PMs, não ocorreu a suposta troca de tiros alegada pelos policiais, que registraram os fatos na delegacia como morte decorrente por intervenção policial. As novas provas trazidas revelaram que Edmilson foi torturado e executado por dois agentes em uma ação previamente planejada pelos investigados. O crime ocorreu dentro da casa da vítima, na presença de um familiar, que também sofreu ameaças, sem ter havido nenhuma perseguição ou resistência armada.

A investigação aponta ainda que os outros quatro investigados garantiram a alteração da cena do crime, com a remoção do corpo e apagamento de vestígios, além da apresentação de objetos e depoimentos falsos na delegacia de polícia, para ocultar o homicídio sob alegação de suposta ação policial legítima.

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