No xilindró desde junho de 2021, o delegado Maurício Demétrio se complicou ainda mais depois que a Polícia encontrou conversas comprometedoras em 1 dos 12 celulares apreendidos com ele. Um dos diálogos revela que ele zombou da morte de Marielle Franco e em outro chamou uma colega de profissão, a delegada Adriana Belém, de “macaca” e “crioula”.
Maurício Demétrio foi condenado a 9 anos de prisão nesta segunda-feira (8) por crimes de obstrução à Justiça, organização criminosa e lavagem de capitais. As falas racistas do delegado contribuíram para pesar a pena. "Manifestações inaceitáveis", declarou o juiz Bruno Rulière, responsável pelo processo contra o policial civil na 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Comarca da Capital.
Confira os diálogos criminosos do delegado
As conversas extraídas do celular do delegado Maurício Demétrio aconteceram em 2018. Em ambas, ele falava com o delegado Allan Turnowski, que ocupava um cargo de diretoria na Cedae naquele período.
A primeira fala polêmica foi sobre a vereadora Marielle Franco. Um dia após o assassinato brutal dela, em março de 2018, Demétrio ironizou a situação: "Gente. O enterro da vereadora será no Caju. Mas a comemoração alguém sabe onde será?".
O réu também se referiu de forma preconceituosa à delegada Adriana Belém. De acordo com o juiz, o delegado "refere-se de forma racista a uma delegada chamando-a de ‘macaca escrota’ e ‘crioula’”.
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