
A delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito, detalhou o esquema de operação das autoridades durante a folia do Carnaval na manhã desta quarta-feira (14), durante coletiva de imprensa no Centro de Cultura Cristã, no bairro do Costa Azul. Segundo ela, serão quase 3 mil servidores atuando em 33 postos nos dois circuitos.
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"Dentre as inovações estão o serviço de investigação de local de crimes, ou seja, qualquer mulher que tenha atentado contra sua dignidade sexual, consumado ou tentado, a gente vai ter essa equipe para ir até o local, arregimentar provas, pegar testemunhas e, principalmente, acolher vítimas em um trabalho muito mais rápido, facilitando todo o processo de investigação e consequentemente na prisão do responsável", iniciou.
Além disso, a titular também detalhou a Operação Quitérias, onde os policiais vão estar de camisa lilás acompanhando e apoiando as mulheres que estiverem em áreas mais isoladas, como banheiros e na dispersão dos circuitos, garantindo orientação, acolhimento e uma saída segura.
"Paralela a isso, esses policiais estarão cumprindo 300 mandados de prisão em aberto contra agressores de mulheres, ou seja, pessoas que cometeram algum tipo de violência contra elas. Durante o Carnaval, também estaremos atuando para garantir que esses mandados sejam devidamente cumpridos", explicou.
Operação Abadá
Por fim, Heloísa Brito comentou a respeito de uma operação que prendeu um jovem de classe média que atuava na compra de abadás com cartões clonados. De acordo com a delegada, os crimes a mão armada diminuíram e agora as pessoas têm migrado para o meio digital, onde acontece o estelionato ao aplicar golpes.

"Nós estamos monitorando o que acontece não só no mundo digital, mas também com as nossas interceptações telefônicas. Nós monitoramos se os indivíduos marcam para fazer algum tipo de encontro nos nossos circuitos. A partir daí, junto com a ação da Polícia Militar, fazemos um trabalho de prevenção".
"Nós temos observadores espalhados em todos os circuitos que passam as informações para os nossos mensageiristas. O que é isso? Equipes que recebem informação de que tem um indivíduo provavelmente cometendo crime em tal local ou agindo, se juntando para cometer pequenos crimes ou agressões físicas. E aí nós acionamos nossas equipes descaracterizadas. São 300 policiais por dia espalhados nos dois circuitos e eles vão e conseguem fazer essa abordagem. [...] A chegada dos nossos investigadores, utilizando roupas de festa com shorts, camisetas, ou seja, como um folião, faz com que a gente consiga chegar mais efetivamente e fazer essa prisão", concluiu.