Na caçada contra os chefões do crime, que seguem comandando ações de dentro das cadeias, o titular da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), Marcelo Werner, anunciou a nova força-tarefa para monitorar o sistema penitenciário. Serão ações de inteligência feitas em parceria da Polícia Civil junto à Polícia Penal.
Segundo Werner, o trabalho com a Polícia Penal e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) já têm acontecido, com cada vez mais operações sendo feitas em conjunto. Ele afirma que as Forças de Segurança vem buscando alcançar esses líderes criminosos, sendo que nas últimas semanas foram cumpridas buscas e apreensões dentro das prisões.
"Estaremos realizando uma nova força por um núcleo de investigação próprio da Polícia Civil junto à Polícia Penal, para que todas as ações de inteligência sejam feitas de uma só forma e outras operações sejam realizadas para fortalecimento da segurança pública, e pela proteção cada vez maior do sistema penitenciário baiano", pontuou Werner.
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"A gente acompanha e vê o fortalecimento que vem sendo realizado, não só na Polícia Penal como um todo, mas nos procedimentos de ingresso no sistema prisional. São diversas operações diárias que eles fazem, inclusive de revista, apreendendo itens proibidos. Estamos fortalecendo também a integração com o batalhão de guarda, que, inclusive, foi o responsável neste fim de semana por alcançar um drone que estava tentando fazer lançamento desses itens proibidos para o sistema prisional", explicou o secretário.
Werner ainda falou sobre as dinâmicas usadas para manter contato com presos considerados importantes pelas facções criminosas. Ele deu alguns exemplos de como bandidos fazem a "comunicações extramuros".
"Podemos dizer que há diversas tentativas de comunicações extramuros, seja através de notas, seja através de celulares em pontos, vamos dizer assim, que os bloqueadores não abarcam, seja através de drones, ou seja, através de lançamentos manuais. Já foram capturadas pessoas no entorno do Complexo da Mata Escura que estava tentando fazer lançamentos manuais de itens proibidos: drogas, em especial celular e drogas dentro do sistema prisional. Então, por isso que a gente vem fortalecendo cada vez mais isso e não só isso, trocando informações de inteligência com a Polícia Penal", finalizou.