O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) quer saber quem foi o responsável pela contratação de Tancredo Neves Lacerda Feliciano de Arruda, o homem suspeito pela morte da delegada Patricia Neves Jackes Aires, mesmo sem licença para exercer a profissão de médico. Além disso, a autarquia vai apurar responsabilidade de seu pai, Dr. Arylton Feliciano de Arruda, na contratação.
Tancredo Neves trabalhou na saúde no Hospital Português de Euclides da Cunha, em 2022, mesmo sem a autorização do estabelecimento. Após tomar conhecimento do fato, o hospital desligou Arylton Feliciano.
O Cremeb ainda chamou a "atenção dos gestores públicos e dos contratantes quanto as consequências danosas que atos praticados por não-médicos podem causar à população. Como forma de coibir esse tipo de prática criminosa, o Conselho disponibiliza em seu portal uma ferramenta gratuita de Buscar Médicos".
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Tancredo Neves está custodiado no Complexo penitenciário da Mata Escura. Ele foi preso em flagrante no último domingo (11), e teve a prisão convertida em preventiva após audiência de custódia. Ele confessou ter matado a companheira enforcada usando o cinto de segurança do veículo. O corpo da vítima foi encontrado em São Sebastião do Passé.
Veja nota completa:
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) informa que procederá a investigação das responsabilidades de quem contratou Tancredo Neves Lacerda Feliciano de Arruda sem que o mesmo seja médico. Além disso, a autarquia federal vai apurar possível acumpliciamento por parte do Dr. Arylton Feliciano de Arruda.
O Cremeb aproveita para, mais uma vez, chamar a atenção dos gestores públicos e dos contratantes quanto as consequências danosas que atos praticados por não-médicos podem causar à população. Como forma de coibir esse tipo de prática criminosa, o Conselho disponibiliza em seu portal uma ferramenta gratuita de Buscar Médicos. Nela, além das informações como nome, tipo de inscrição, situação e especialidade, é possível conferir a foto do profissional.
Vale ressaltar que o Cremeb tem realizado diversas ações para combater o exercício ilegal da profissão e, consequentemente, defender a sociedade. Entre as iniciativas, a autarquia federal tem divulgado campanhas educativas e agido em parceria com as polícias para prender falsos médicos, tanto na capital quanto no interior do estado. Nos últimos dois anos, cinco falsários foram presos em flagrante por exercer ilegalmente a medicina.
Por fim, o Conselho conclama a população, incluindo a classe médica, para, em caso de suspeita, denunciar à Polícia e ao Cremeb, por meio do Departamento de Defesa das Prerrogativas do Médico, através do e-mail [email protected].