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salvador - 09/04/2025, 19:30 - Wiliam Falcão e João Grassi - Atualizado em 09/04/2025, 19:54

Congresso da Cobrapol: presidente da entidade fala em "padronizar" a Polícia Civil

Portal Massa! está presente no primeiro dia do evento, nesta quarta (9)

Adriano Bandeira, presidente da Cobrapol
Adriano Bandeira, presidente da Cobrapol |  Foto: Denisse Salazar | Ag. A TARDE

O estado da Bahia foi escolhido para sediar o XXVI Congresso Nacional da Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol). O congresso começou nesta quarta-feira (9) e vai até o sábado (12), no Hotel PortoBello, no bairro de Ondina, em Salvador. O Portal Massa! acompanha o pontapé inicial do evento.

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Em entrevista à reportagem, o presidente da Cobrapol, Adriano Bandeira, comentou sobre a representatividade de ser o primeiro negro e nordestino a assumir "a maior entidade representativa de trabalhadores policiais civis do país", além da importância do Congresso acontecer em solo baiano.

"Representamos 122 mil policiais civis em todo o Brasil, que têm família, que correm risco de vida, que estão enfrentando o crime organizado, que deixou de ser uma questão setorial e passou a ser transnacional. A Bahia foi escolhida para tratar deste tema em razão da presença de diversas organizações criminosas, e que nós policiais precisamos ampliar este debate, contribuir com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), para que PECs, para que assuntos legislativos que foquem no combate ao crime organizado passem pelo diálogo, pela construção dos operadores de segurança pública", iniciou.

"[A Bahia] É um estado importante no Nordeste, que cresce a cada dia e também enfrenta nas ruas diversos crimes violentos contra a vida e mais também crimes que são silenciosos, fazem parte do sistema financeiro, a exemplo da atuação de organizações que compram postos de gasolina, investem em criptomoedas e isso acaba dificultando a vida dos policiais civis", completou.

De acordo com Bandeira, existe a necessidade de "modernizar e padronizar" o trabalho da Polícia Civil em todo o país, para trazer uma aproximação entre os estados. "Começamos isso com a aprovação da Lei 14.735, que é a Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis, que precisa ser implementada desde já nos estados, inclusive aqui no estado da Bahia. Então, a Bahia, pra gente, tem esse significado muito grande por ser um estado importante no nosso Brasil, e enfrentar, como o Rio de Janeiro e outros, o crime organizado", seguiu.

O presidente explicou mais sobre o processo, detalhando os benefícios que seriam trazidos para o trabalho policial. "A padronização da Polícia Civil em todo o país significa, com muita clareza, a desburocratização, a velocidade com transparência da informação. É necessário que nós, policiais civis, participem cada vez mais dessa discussão, pra que a gente possa entregar à sociedade um melhor resultado. Na Lei Orgânica nós definimos quais são os cargos que existem, por exemplo, delegado de polícia, o oficial, investigador de polícia e o perito oficial nos estados em que a perícia, a polícia técnica, esteja dentro da Polícia Civil", pontuou.

"Com isso, estados como a Bahia, que possui diversos cargos, continuam desorganizados com cargos na base. Escrivão fazendo apenas parte cartorária, dentro da delegacia, investigador fazendo apenas a parte ostensiva e repressiva nas ruas, e aí isso não se conecta com o resultado da investigação. O escrivão no papel, o agente ou o investigador na rua. Fora isso, tem outros cargos que estão em extinção, como motorista, telefonista, isso não faz mais sentido no tempo de hoje. Então, a nossa contribuição foi tornar todos esses cargos da base em oficial, investigador de polícia, onde mesmo o profissional pode atender a população na delegacia, pode registrar a ocorrência, ele que teve o contato com a vítima, ele que teve o contato com a primeira informação, possa ir para as ruas buscar elementos que comprovam a materialidade e a autoria do seu profissional. Ele registra a ocorrência e fica responsável pelo resultado", finalizou.

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