O júri popular do caso Joel, morto em 21 de novembro de 2010, teve continuidade na tarde desta segunda-feira (6), no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador. Quem iniciou a sessão de depoimentos foi o coronel Roberto Castro, oficial da Polícia Militar há 31 anos.
Integrante do quadro de testemunhas do tenente Alexinaldo Santana Souza, o agente declarou que o ato de prestar socorro às vítimas de disparos de fogo é padrão, contrariando a atitude de um dos agentes, que foi descrita por um vizinho da família do menino sobre o pedido de ajuda.
"[Prestar socorro aos feridos] é uma orientação de questão legal, é padrão", pontuou em depoimento.
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À época, Santana integrava a 40ª CIPM, que realizou uma operação na noite daquele domingo.
"Em todas as missões que foram dadas à ele, Alexinaldo foi responsável, cumpriu suas obrigações, sempre disposto a ajudar para que o serviço transcorresse da melhor maneira possível", destacou.
O coronel acrescentou que desde que conhece um dos réus do caso, nunca recebeu queixas dele, apenas "elogios". Alexinaldo inclusive chegou a receber a condecoração de policial padrão, ferramenta dada ao agente destaque do mês possível. O mês não foi descrito durante a fala em julgamento.
Prisão anterior
Em meio a questionamentos do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Roberto garantiu que tomou conhecimento de que a carreira militar de Alexinaldo Santana contemplou um episódio de prisão "em uma situação [operação da Polícia Federal] em Feira de Santana". Neste caso, ele declarou que o fato ocorreu anos depois do homicídio da vítima.