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Caso menino Joel - 07/05/2024, 11:22 - Alex Torres e Leo Moreira / Portal A Tarde e Da Redação

Caso Joel: policial em julgamento não omitiu socorro, garante advogado

Um dos agentes, que era o comandante da operação, alega que a família já havia se mobilizado quando ele chegou ao local

Vivaldo destacou que a defesa será pautada na verdade dos fatos
Vivaldo destacou que a defesa será pautada na verdade dos fatos |  Foto: Leo Moreira / Ag. A TARDE

O advogado Vivaldo Amaral, responsável pela defesa do policial militar Alexinaldo de Santana Souza, negou que tenha ocorrido omissão de socorro por parte do seu cliente na operação que culminou na morte de Joel da Conceição Castro, de apenas 10 anos, em novembro de 2010.

Nesta terça-feira (7), o julgamento do caso está sendo retomado no Fórum Ruy Barbosa. A expectativa é que neste segundo dia ocorram os debates, ou seja, sustentação da acusação e da defesa (réplica e tréplica, se houver), e em seguida a decisão dos jurados.

Na porta do fórum, Vivaldo concedeu entrevista e afirmou que Alexinaldo não estava presente no momento em que Joel foi baleado. Além disso, segundo o advogado, a família do menino já havia prestado o socorro no momento em que o policial chegou ao local.

"O disparo foi feito pelo outro profissional, que confessou ontem, mas que foi de maneira acidental. Quando meu cliente chegou, a família já havia prestado socorro e não havia mais nada a ser feito. Mesmo assim, na condição de comandante da operação e se solidarizando com a família, ele foi até o hospital que a criança havia sido levada para poder ajudar de qualquer forma dentro das suas competências", disse Vivaldo.

Na segunda-feira (6), primeiro dia do julgamento, o outro agente que estava na operação, Eraldo Menezes de Souza, de 46 anos, afirmou ter sido o autor do disparou, mas explicou que a situação aconteceu após "pisar em algo e escorregar".

"Quando eles chegaram em três viaturas, o meu cliente fez a incursão, desceu para encontrar os marginais. O fato aconteceu sem que ele tivesse participação direta ou indireta. Inclusive, ontem o policial que confessou que havia feito o disparo acidental, que está sendo defendido por outro profissional, afirmou: 'quem disparou fui eu, disparei em uma situação acidental'. Ele tropeçou e disparou. O meu cliente estava em outra posição", completou Vivaldo.

Por fim, o advogado ainda relatou que teve uma conversa com o pai de Joel e afirmou para ele que toda a defesa de Alexinaldo durante o julgamento será pautado na verdade dos fatos.

"Eu quero dizer que a defesa se associa a dor da família pelo acontecido. Ontem eu tive a oportunidade de inquerir o senhor Joel, o pai, Mestre Brinha, e disse a ele: 'Mestre, eu estou aqui na condição de advogado do tenente Alexinaldo para que uma injustiça não seja cometida'. Expliquei que o nosso trabalho iria se restringir única e exclusivamente à verdade", finalizou.

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