Câmeras do quilombo onde Mãe Bernadete foi morta estavam quebradas

Bernadete Pacífico foi executada a tiros |  Foto: Reprodução/Conaq

O quilombo onde Bernadete Pacífico foi executada a tiros há um mês, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, tinha três câmeras de segurança com defeito. Os equipamentos não funcionavam devido ao baixo orçamento disponibilizado para trocá-los.

Segundo a defesa da família de Mãe Bernadete, as câmeras, instaladas pelo governo no local, possuem custo médio de R$ 150 a manutenção.

Bernadete era protegida pelo Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH) do Governo Federal, que possui R$ R$ 1.081.095,74 no total de recursos.

Responsável pelo PPDDH, a ONG Ideas alega que o valor foi determinado por um convênio firmado pelos governos federal e estadual, com os recursos oferecidos para aquela época.

Ainda segundo a instituição, as câmeras foram instaladas em 2021, antes deles fecharem a parceria com o governo. A ONG reconhece que o orçamento para instalação equipamentos de segurança é limitado "não só no PPDDH da Bahia, mas em todos os estados que possuem essa política pública".