Um dos líderes de uma organização criminosa que exercia domínio na região da fronteira do Paraguai com o Brasil foi preso na terça-feira (19), durante a Operação Ignis deflagrada pela Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai e pela Polícia Federal. Além dele outros nove integrantes acabaram detidos.
Segundo informações da PF, o homem é tido como um dos grandes fornecedores de armas e drogas para criminosos que atuam no Rio de Janeiro, e seu grupo operava grandes esquemas de tráfico internacional que tinham como destino o Brasil.
Ele, assim como os comparsas, atuavam de diferentes formas. Pelo modal aéreo, recebiam cocaína da Bolívia. Posteriormente remetiam ao Brasil. Pela via terrestre, dedicavam-se ao envio de armas e maconha.
Ainda de acordo com a PF, a organização criminosa desarticulada também se caracterizava por ações de extrema violência contra facções rivais e contra policiais e militares das Forças Armadas, tanto brasileiras quanto paraguaias.
Um outro líder do grupo investigado, um homem paraguaio, é considerado foragido da Justiça Federal pelo envolvimento no homicídio de um militar do exército brasileiro em 2020, ao resistir a uma abordagem realizada por militares brasileiros a uma das embarcações do grupo, que navegava no Rio Paraná carregada com mais de meia tonelada de maconha. Por esse motivo, seu nome está na Difusão Vermelha da Interpol.