Os criminosos envolvidos na "maior apreensão de drogas do ano" se deram mal, não só pelo baque de, no mínimo, R$ 5 milhões na conta, mas também por ter que responder na justiça por crime ambiental, visto que eles entocavam cobras criadas em cativeiro sob maus tratos no hotel utilizado para laboratório de entorpecentes, em Salvador.
O delegado Thomas Galdino afirmou, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (19), que durante o "bom tempo" em que os suspeitos passaram no apartamento, eles utilizavam de três cobras, claramente em condição de maus tratos, o que indica crimes ambientais dos traficantes.
"Três cobras exóticas que estavam em situação de maus traços naquele local alheio, portanto, foram apreendidas e assim também eles virão responder por crimes ambientais", informou.
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Ainda no depoimento, o chefão destaca que os animais foram recolhidos e levados para receber os devidos cuidados. "Já foram encaminhadas. A unidade especializada já veio recolher elas aqui e já está dando a destinação correta", continuou.
Mantidas em cativeiro, a finalidade de utilização das cobras ainda é um mistério, porém, o mandatário conta que os motivos serão investigados em conjunto de todo o crime. "Não podemos precisar qual seria a finalidade da utilização dessas cobras, mas eram cobras exóticas que existiam dentro daquele apartamento, notoriamente em situações de maus tratos. Então assim, a investigação está muito prematura para apontar esse uso da cobra", explicou.
Além das três cobras apreendidas no hotel de luxo, localizado na Tancredo Neves, em Salvador, os agentes também encontraram porções de maconha, haxixe, pó branco e pasta base semelhantes à cocaína, drogas sintéticas, carregadores de pistola, munições calibres .40, .380 e 9 mm, além de maquinário para a produção, embalagens para o acondicionamento das drogas. Todos os materiais apreendidos geram, segundo o emissário, um prejuízo de R$5 milhões.
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