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Caso Lucas Terra - 26/04/2023, 11:35 - Da Redação

Bispo afirma que Igreja Universal garante inocência de acusados

Testemunha da Defesa diz ter controle sobre horários dos réus

Julgamento de caso Lucas Terra ocorre após 22 anos
Julgamento de caso Lucas Terra ocorre após 22 anos |  Foto: Divulgação

Na largada do segundo dia do júri popular do Caso Lucas Terra, nesta quarta-feira (26), os ânimos do tribunal foram exaltados pelas afirmações da primeira testemunha ouvida. O bispo da Igreja Universal Jadson Edington, lotado na igreja da Pituba em 2001 e atualmente no Templo de Salomão, em São Paulo-SP, afirmou que a instituição garante a inocência dos réus.

"Nós temos total convicção na inocência dos pastores Fernando e Jadson. Temos mais de 800 igrejas na Bahia, mais de mil pastores. Que credibilidade teríamos se não puníssemos pastores que erram?", afirmou com veemência.

Ele afirmou ainda que a base da acusação de Silvio Galiza, condenado pelo assassinato do adolescente Lucas Terra, contra os pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda era o rancor.

"Ele havia sido punido pelos pastores Jadson e Fernando. Posteriormente expulso da Igreja Universal por levar um adolescente para dormir com ele na igreja", pontuou.

Como você sabe?

O promotor Ariomar Figueiredo questionou a veemência do pastor, por não haver possibilidade dele estar presente 24h na vida dos réus. A resposta do bispo causou 'reboliço' na sala: "Eu quero saber qual a prova do senhor contra esses dois".

Os ânimos acalorados no tribunal levaram o bispo a recuar e confirmar que é humanamente impossível garantir o controle total sobre as ações dos pastores, embora tenha insistido em outro ponto.

"Posso garantir por esses dois (Joel e Fernando) entre 9h e 22h. Depois disso, temos contato com as esposas. Se os maridos chegam tarde em casa, as esposa ligam para a igreja. Elas nos comunicam sobre qualquer desvio", explicou.

A declaração foi o estopim para novas discussões entre advogados e reações da platéia. Para controlar os ânimos foi necessária a intervenção da juíza Andrea Teixeira Lima Sarmento Netto. "Se continuar dessa forma, vou ter que esvaziar a sala. E peço às partes que se contenham e sejam objetivos nas perguntas".

O crime

Os pastores são acusados de matar e ocultar o cadáver de Lucas Terra, um adolescente de 14 anos que frequentava a Igreja Universal no bairro da Santa Cruz. O pastor-auxiliar, Sílvio Galiza, foi condenado pelo crime. Foi ele quem levou o garoto à igreja do Rio Vermelho, onde Lucas teria visto uma relação sexual entre os pastores Joel e Fernando. Consta nos autos que a ocultação desse fato teria motivado o crime.

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