
Pouco mais de 11 milhões de tentativas de fraudes virtuais foram registradas pelo Serasa Experian no ano de 2024. Deste número, cerca de 600 mil foram registradas na Bahia, e, segundo o órgão, 11,9% do aumento desse tipo de crime foram direcionados a idosos acima de 60 anos. Falsas ligações ou mensagens de textos estão entre as estratégias mais utilizadas pelos criminosos para aplicar esse tipo de golpe.
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O gerente comercial das Soluções de Prevenção a Fraudes da Serasa, Luiz Filipe Morra, apresentou mais detalhes sobre o levantamento. "Foi o número mais alto que nós tivemos em relação ao ano anterior. Essas tentativas de fraude ocorrem, não só por meio de aplicativo de banco, mas também com o que chamamos de engenharia social, que são aquelas fraudes que acontecem por ligação. E aí, em muitos casos, a vítima passa seus dados e, em algumas situações, até entrega o próprio cartão físico ou fazem transferências", disse em entrevista ao MASSA!.
A mãe do coordenador de cursos de Tecnologia da Informação (TI), Fábio Gomes, foi uma das vítimas dessa fraude. Na ocasião, os golpistas se passaram por ele para pedir dinheiro por ligação. Ele, que é da área de tecnologia, acredita que a tendência é que esses golpes se reinventem ainda mais, sobretudo, por causa da chegada da Inteligência Artificial. (IA). "A inteligência artificial contribui com muita coisa boa, mas também está vindo coisas ruins. Possivelmente, no futuro, os ataques passem a ser feitos através de videochamada, usando deepfake, encaixando o rosto de uma pessoa na imagem de outra", declarou.
Ainda de acordo com a Serasa, as 11.509.214 tentativas de fraudes foram identificadas por uma ferramenta tecnológica que impediu que os golpes fossem concretizados. A partir desses dados, o órgão garantiu que iniciativas para aumentar as medidas de segurança dos cidadãos se tornarão, ainda mais, no topo das prioridades.
"A Serasa atua com bancos, instituições financeiras, empresas de telecomunicação e varejos para promover soluções que permitam a proteção e a prevenção à fraude. A gente também tem iniciativas educativas com conteúdo de informações. Temos feito investimentos em tecnologia avançada, seja em aprendizado de máquina, entrevista artificial, uso de dados, capacidade analítica de analisar os dados e ferramentas como biometria facial, documentos e identificação do dispositivo que está fazendo a transação, são algumas das camadas que nós usamos para proteger o consumidor", garantiu Luiz Filipe.