Ativistas sociais se concentram em frente à Igreja Basílica Santuário Senhor do Bonfim, na manhã desta quinta-feira (24), em protesto ao genocídio do povo preto e ao assassinato da ialorixá Mãe Bernadete, que ocorreu na noite do último dia 17, em Simões Filho. O ato acontece em caráter nacional.
Leia mais
"O estado não conseguiu protegê-la", afirma filho de Mãe Bernadete
Segundo dados divulgados pela Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), Mãe Bernadete foi a 11ª quilombola assassinada na Bahia nos últimos 10 anos.
“Estamos assistindo uma escalada da violência policial contra o povo preto e pobre em todo o país. A Bahia tem a polícia mais violenta do Brasil, apontam os dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ano passado, 1.464 pessoas foram mortas em ações policiais em nosso Estado. Isso tem que parar”, afirma Matheus Araújo, do Movimento Aquilombar.
Em um panfleto distribuído durante o protesto, assinado pelo Movimento Aquilombar, Coletivo Rebeldia, Movimento Mulheres em Luta e Secretaria de Negras e Negros do PSTU, foram apresentadas algumas propostas. Entre elas: implantação de câmeras de monitoramento em todo os polícias; controle social das polícias pelas organizações populares, com direito a eleição de seus comandantes, garantindo o direito de sindicalização e greve aos policiais; fim da falsa política de guerra às drogas; revogação da Lei de Drogas de 2016; e descriminalização das drogas, para combater o narcotráfico.
Confira mais fotos do protesto: