A luta da família de Sara Mariano para ter contato com a
filha dela continua. A advogada Sarah Barros, responsável pelo processo que
está sendo movido na Justiça pela guarda da menina, revelou ao Portal MASSA!,
nesta segunda-feira (6), detalhes de como está
correndo o pedido.
“A gente fez, inicialmente, um pedido de convivência, que
seria necessariamente pra que a avó tivesse um contato imediato, pra gente
entender como está a menor, o que foi contado, o que é que ela sabe de fato que
aconteceu, o que é que disseram a ela pro pai dela estar preso, o que é que
disseram a ela contar a ela como a mãe dela faleceu, de que forma isso foi
feito, e aí ter um apoio, inclusive, de uma psicóloga que fizesse esse contato
inicial, pra gente entender como é que tá o psicológico dessa criança”, contou
Sarah.
A advogada também disse que a intensão é saber como era a convivência da menina com o pai e se ela presenciava situações de brigas entre o casal.
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“Também não sabemos como era o dia a dia desse casal com
essa filha, então a gente tem provas já contundentes de que Sara sofria violência
moral e psicológica. A gente não tem provas ainda de agressão física, mas ela
acabou sendo assassinada através do feminicídio, então, essa criança, o que é
que era feito? Essa criança também sofria, ela convivia, ela via? A gente já
tem um áudio da menor pedindo a mãe para se separar, dizendo que o pai dizia
muitas coisas feias. Então a gente precisou fazer todo um arcabouço de provas,
para aí sim, agora, a gente fazer realmente esse pedido de guarda para que a
gente tome as devidas providências com relação a isso”, destacou.
Sarah Barros também afirmou que há grandes possiblidades da
guarda ser dada à família da mãe.
“Temos uma lei específica que trata de casos de feminicídio
acerca da destituição do poder familiar. Então essa ação inclusive é contra o
próprio genitor, porque ele que teria esse direito necessariamente à guarda,
mas através dessa lei que traz realmente que homens que cometeram feminicídio
perdem o poder familiar, necessariamente ele perdendo, a família paterna também
perde. É um trâmite que demora mais, mas inicialmente, provisoriamente, a gente
pede que essa criança fique na posse e na guarda da família materna. Tendo em
vista inclusive que ela está tendo sua vida privada exposta através de carta.
Ela é menor de 11 anos, então neste momento ela precisa sair desse seio, desse
local de trauma e ser resguardada”, disse.
Dolores Freiras, mãe de Sara Mariano, reclama que a família
de Ederlan não está deixando a criança ter contato com a família da mãe.
Segundo a advogada, a última vez que a avó materna teve acesso a menor foi na
quinta-feira, quando Ederlan estava na delegacia registrando o desaparecimento.
“Ela conseguiu pegar o celular do pai e mandar áudios escondidos
para a avó, dizendo a ela que estava com saudade, que amava muito e que estava
muito preocupada com o desaparecimento da mãe e que a avó orasse para que a mãe
dela retornasse”, completou.