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força-tarefa - 24/08/2024, 08:09 - Silvânia Nascimento

Ação do Ministério da Justiça colhe DNA de parentes de desaparecidos

Na Bahia, DPT é responsável por recolher material genético

Procedimento de coleta é indolor e rápido
Procedimento de coleta é indolor e rápido |  Foto: Reprodução/Freepik

A partir da próxima segunda-feira (26), a população baiana contará com a Campanha de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, promovida pelo Ministério da Justiça, coordenada na Bahia, pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Na prática, a iniciativa, que segue até o dia 30 de agosto, permitirá que perfis genéticos dos familiares sejam adicionados a um sistema nacional para que, quando necessário, possam ser comparados com as amostras de corpos não identificados e ossadas que já deram ou venham a dar entrada no Instituto Médico Legal (IML) Nina Rodrigues.

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Na Bahia, esse trabalho será realizado pela Coordenação de Genética e pela Coordenação de Antropologia, ambas do DPT. O Jornal MASSA! conversou com a perita odonto-legal e coordenadora da Antropologia Forense do DPT, Liz Magalhães, que detalha como será a atuação da Polícia Técnica na campanha.

“A campanha está acontecendo em todos os estados e no Distrito Federal, visando dar uma relevância ainda maior à busca e localização de pessoas desaparecidas. Então, familiares devem se dirigir ao centro ou aos postos oficiais da campanha para registrar um boletim de ocorrência de pessoas desaparecidas. Depois, eles devem se dirigir ao IML onde serão recepcionados, tanto pela Coordenação de Antropologia Forense, que fará uma entrevista breve com esses familiares, quanto pela Coordenação Genética que fará a coleta do DNA”, orientou.

Ainda na entrevista, Liz descreveu alguns dos elementos que são analisados para ajudar na identificação. “A gente busca dados que forneçam algum indício para identificação como a roupa que a pessoa estava usando no dia que desapareceu, se a pessoa tem tatuagem, se tem, por exemplo, fraturas antigas, se tem prontuário odontológico – que é um dado muito importante, raio-x odontológico, se a pessoa utiliza prótese, se fez alguma cirurgia antiga. Fora isso, a gente também conversa com a família explicando como é o processo de identificação humana”, diz.

Além da capital baiana, a campanha também estará disponível no interior do estado com 32 Coordenadorias Regionais de Polícia Técnica (CPRT).

Nada de dor
“A coleta é feita através da saliva. Não é sangue, é uma coleta indolor e rápida. Então, todo procedimento aqui, realizado no IML, ele tende a ser acelerado, tende a ser rápido, tanto a entrevista quanto a coleta. Esse material genético do familiar da pessoa desaparecida vai ser exigido na rede integrada do Banco de Perfis Genéticos de Pessoas Desaparecidas", explicou Liz Magalhães.

"Esse banco é interligado nacionalmente. Então, mesmo que o parente seja daqui de Salvador e a pessoa desapareceu, por exemplo, em São Paulo, existe a possibilidade real e concreta de identificação dessas pessoas”, garantiu a perita.

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