A rua onde três trabalhadores de uma empresa de internet foram encontrados com sinais de tortura e mortos, no bairro Alto do Cabrito, em Salvador, já era conhecida como um local de risco extremo. "A rua em si é barril", é o que garante um morador ao MASSA!, que preferiu não se identificar.
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Segundo o relato, a situação se agravou após a invasão de traficantes ligados ao Comando Vermelho (CV), ocorrida há cerca de três anos. Desde então, moradores teriam sido expulsos de suas casas e o controle do território passou a ser exercido de forma violenta.
"Quando os caras do CV invadiram, botaram alguns moradores pra fora. Eles tomaram posse da rua. É uma situação bizarra, horrível", revela a fonte.
O clima de insegurança impacta até serviços básicos. A pessoa conta que, quando trabalhava com entregas na região de Campinas de Pirajá, evitava passar pela rua onde ocorreu o crime. De acordo com a fonte, comerciantes chegaram a suspender entregas no local após alerta de risco feitos por trabalhadores e clientes.
O caso
Tudo rolou na noite desta terça-feira (16). As vítimas foram identificadas como Ricardo Antônio da Silva Souza, 44 anos; Jackson Santos Macedo, 41; e Patrick Vinícius dos Santos Horta, 28. Os três atuavam para uma empresa de internet que opera na região de Pirajá.
Conforme informações iniciais, os trabalhadores teriam sido abordados por criminosos durante o serviço e sofreram ameaças relacionadas à cobrança de um "pedágio" para permitir o funcionamento da internet na localidade.
Os corpos foram encontrados em via pública, com mãos e pés amarrados, trajados do fardamento da empresa e com marcas de disparos de arma de fogo. O crime está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Em nota oficial, a Planet Internet lamentou a morte dos colaboradores e se solidarizou com familiares e amigos: "Eles deixam uma trajetória marcada por dedicação, companheirismo e contribuição importante para todos nós. Que suas memórias permaneçam vivas em nossos corações."
Povo na rua
A covardia revoltou a população, que resolveu 'se picar' para o Centro Administrativo da Bahia (CAB), onde realizou um protesto pacifico em frente a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) na manhã desta quarta (17).
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