A música recentemente lançada por Juliette, chamada “Vem Galopar”, que adapta o clássico “Pagode Russo”, de Luiz Gonzaga, recebeu duras críticas neste período junino. Nesta segunda (1º), no Parque de Exposições, a fã do sanfoneiro, Amanda Maria, de 26 anos, largou que a releitura feita pela vencedora do BBB 21 é “pobre de estrutura”.
“Eu achei problemático o direcionamento que eles fizeram, porque a crítica que o pessoal estava fazendo não era em relação ao duplo sentido. O forró tradicional tá cheio de músicas, e músicas muito boas, que têm duplo sentido. É que a música é ruim. A música é pobre de letra, é pobre de essência e de estrutura. Eu acho que eles se prepararam para lançar um produto que talvez o jovem pensasse: 'nossa, muito bom'. Mas foi tão murcho, tão murcho que não faz sentido em um lugar nenhum”, bradou.
A canção gerou um bafafá entre a artista e os familiares do cantor em relação aos direitos autorais. Segundo Daniel Gonzaga, filho de Luiz Gonzaga, ninguém da família havia autorizado a cantora a lançar a adaptação. Entretanto, Juliette contrariou a afirmação, dizendo que o hit foi prestigiado pela família de Gonzagão.
A forrozeira Adriana Guedes, de 47 anos, expressou que é a favor de modernizar as canções clássicas, desde que haja respeito pela essência original da música.
“Se modificar a música e tirar os arranjos, as origens, a essência que ela tem, realmente eu não apoio. Ultimamente você vê que o São João está perdendo a essência. Então, se mudar a essência totalmente, os arranjos, o que a música nos leva, aquele forró, eu sou contra. Mas se não, eu sou a favor, sim, e tem que passar de geração em geração, mas que não mude muito. Que fique mais moderno, um pouco, e que não mude a essência. Aquele forró, aquele xote, aquele xaxadozinho bom”, disse.