Uma das atrações mais tradicionais do forró a se apresentar neste sábado (22), no Parque de Exposições, Del Feliz comentou sobre as belezas do São João e o que torna o período tão especial na Bahia. O cantor, que é natural de Riachão do Jacuípe, afirmou que o gênero musical precisa ser valorizado, principalmente no estado onde os festejos acontecem em quase todos os municípios, inclusive como uma 'festona' na capital.
“Eu acho que o forró da Bahia precisa ser valorizado. A Bahia faz um dos maiores festejos juninos do mundo. São 417 municípios e praticamente todos os municípios têm alguma festa”, falou. “Ela foi espetacularizada e boa parte faz uma mega festa com uma grande estrutura, mas mesmo aquelas que não fazem uma festa espetacularizada, eles têm algum evento, têm algum forró”, continuou.
Acompanhe a cobertura do Portal MASSA!:
Detran realiza campanha no São João da Bahia: "Seja Responsável"
Se ligue! Parques da Cidade e da Lagoa não abrem durante 'Sanju'
Sortudo pode ganhar R$ 220 milhões com quina de São João neste sábado
Durante entrevista coletiva cedida momentos antes de subir ao palco, Del Feliz argumentou que as comemorações de São João são importantes no âmbito cultural, mas também no econômico, tornando sua relevância ainda maior. “E eu acho que a festa é viável do ponto de vista econômico, principalmente por ela ser uma festa autêntica, tradicional”, disse.
“O que trouxe um mundo de outras vertentes para a nossa festa foi o sucesso da festa construída, pautada nas tradições. E, diferente de muita gente que pensa no radicalismo, que não vê nada diferente, eu acho que a diversidade se impõe em qualquer circunstância. Eu não acho que o radicalismo resolva nada”, defendeu.
O artista disse ainda que é preciso ter um olhar afiado para as mudanças que acontecem na sociedade, mas não devemos perder a essência de festejos como os do período junino, pois eles se tornam diferenciais, que devem e podem ser explorados.
“A cultura também não é estática, ela vai se moldando e as coisas vão se transformando e que bom que é assim. Mas alguns elementos são fundamentais para a gente, eles dizem quem a gente é, eles contribuem para a gente ter uma sociedade melhor e eu acho que o forró é um símbolo muito importante”, continuou.
“E do ponto de vista econômico também, porque eu não acredito que nenhum turista venha de São Paulo, de Minas, para assistir a uma festa junina que não tenha autenticidade. Então não tem desculpa para que você não privilegie, no mínimo, uma base de representatividade dessa cultura”, complementou.
O forrozeiro aproveitou para chamar atenção para a valorização de artistas baianos que vivem da arte popular tradicional, como o forró e outros elementos ligados aos festejos. “A Bahia é um estado que tem tantas festas, tantos palcos e espaços, mas também é um estado que tem tantos artistas: aqui tem muito sanfoneiro, muito forrozeiro e eu acho que, cada vez mais, a gente precisa lembrar também das forrozeiras, tem muitas mulheres”, exaltou.
“Durante muito tempo as mulheres ficaram meio relegadas, com muito pouco espaço, então acho que tem que ter espaço para os forrozeiros e forrozeiras baianos nas festas baianas, assim como nós devemos ter o forró presente nas festas juninas em qualquer canto do mundo, porque senão não faz sentido”, finalizou.
O Grupo A TARDE está transmitindo o São João da Bahia 2024 ao vivo, em todos os circuitos. Acompanhe!
leia também