O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, comentou sobre a sua condenação no processo da Lava Jato e a extinção da ação. Em bate-papo no programa "Isso é Bahia", da A TARDE FM, nesta segunda-feira (3), o petista afirmou que houve um complô para julgar ele e o presidente Lula (PT).
"Esse processo foi feito para me prender. Me prenderam três vezes e o Supremo me soltou as três, porque as prisões eram ilegais. Eu disse ao Moro: 'Eu não tenho nada a ver, o que estou fazendo aqui?' Tanto não tinha nada a ver que a empresa [citada no processo de corrupção] foi absolvida. A Petrobras, consultada no processo, disse que não houve sobrepreço, não houve influência externa e não houve fraude. Por que eu fui condenado? Para me prender, porque queriam que eu delatasse o Lula", comentou Zé Dirceu.
Dirceu afirmou que a Operação Lava Jato, na qual ele foi absolvido por 3 a 2 pela segunda turma do STF, não passa de um jogo político que serviu para desestabilizar um projeto que vinha sendo feito no país.
"A Lava Jato foi um projeto político de tomar o poder no Brasil. Foi um projeto para destruir a indústria de prestação de serviços, que era uma das melhores do mundo. Se andasse pela América Latina, de 2006 a 2012, como eu andei, levando as empresas brasileiras, e eles criminalizaram tudo isso. Qual o país que criminaliza um ex-ministro, um empresário, um presidente que vai abrir mercados para as empresas do país? Eu abri vários mercados como ferrovias, rodovias, hidrelétricas, aeroportos, refinarias... era o Brasil quem construía, hoje não é mais", disparou o ex-ministro.
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José Dirceu terá agenda cheia em Salvador. Nesta segunda, às 15h, participará de um bate-papo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), no Real Classic Bahia Hotel, na Pituba. O ex-ministro também participará de uma coletiva de imprensa na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), às 17h.