Os rodoviários de Salvador definem hoje (11) se entram em greve. Antes disso, agendaram duas assembleias na Estação da Lapa. Uma pela manhã, outra à tarde. Irão deliberar após apresentar propostas de aumento salarial rejeitadas pelo prefeito Bruno Reis em reunião na segunda feira última.
A indefinição levou o vereador Tiago Ferreira (PT) a aumentar o tom. “Quando se entrega a palavra tem que cumprir. O prefeito sentou com a direção do sindicato, mas acabou desfazendo a intervenção e quebrou uma empresa. Aliás, essa gestão e a anterior são especialistas em quebrar empresas do transporte público”, disse em entrevista ao Política Livre.
Durante a reunião a categoria pediu reajuste salarial de 10% a 11%, a compensação de horas extras e mais um aumento de 10% no vale alimentação. A solicitação foi prontamente negada pela gestão. O prefeito argumentou que "qualquer aumento pode gerar um colapso num sistema já deficitário". E reforçou a necessidade para que a categoria "entenda a situação".
Demissões de cobradores
Esse entendimento e paciência parecem ter esgotado por parte dos trabalhadores. Fontes ligadas ao Portal Massa! dão conta de que o maior temor da categoria é a possibilidade de demissão de cerca de 5 mil cobradores que atuam no sistema. Uma tendência vinda de outros estados e já praticada na Região Metropolitana.
Tiago Ferreira, que além de vereador também é diretor do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, confirmou que a permanência dos cobradores das passagens nos veículos está na pauta de reinvindicações da categoria. E reforçou a possibilidade de greve que paira no ar da capital baiana.
"Vamos seguir o rito legal que determina o estado de greve. Teremos, a partir daí, no mínimo 72 horas para realizar a greve ou não. Nosso objetivo real não é fazer a paralização, mas resolver o problema dos trabalhadores”, disse o petista.
O sindicato cobra ainda da Prefeitura o empenho para solucionar o problema do pagamento das rescisões dos ex-funcionários da antiga CSN.