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Pegou ar - 11/05/2023, 10:10 - Vinicius Rebouças

Vereador chama prefeito de "especialista em quebrar empresa de ônibus"

Tiago Ferreira (PT) diz que rodoviários seguirão rito legal que determina estado de greve

Vereador Tiago Ferreira detona gestão Bruno Reis em meio a possibilidade greve dos rodoviários
Vereador Tiago Ferreira detona gestão Bruno Reis em meio a possibilidade greve dos rodoviários |  Foto: Divulgação/ CMS

Os rodoviários de Salvador definem hoje (11) se entram em greve. Antes disso, agendaram duas assembleias na Estação da Lapa. Uma pela manhã, outra à tarde. Irão deliberar após apresentar propostas de aumento salarial rejeitadas pelo prefeito Bruno Reis em reunião na segunda feira última.

A indefinição levou o vereador Tiago Ferreira (PT) a aumentar o tom. “Quando se entrega a palavra tem que cumprir. O prefeito sentou com a direção do sindicato, mas acabou desfazendo a intervenção e quebrou uma empresa. Aliás, essa gestão e a anterior são especialistas em quebrar empresas do transporte público”, disse em entrevista ao Política Livre.

Durante a reunião a categoria pediu reajuste salarial de 10% a 11%, a compensação de horas extras e mais um aumento de 10% no vale alimentação. A solicitação foi prontamente negada pela gestão. O prefeito argumentou que "qualquer aumento pode gerar um colapso num sistema já deficitário". E reforçou a necessidade para que a categoria "entenda a situação".

Demissões de cobradores

Esse entendimento e paciência parecem ter esgotado por parte dos trabalhadores. Fontes ligadas ao Portal Massa! dão conta de que o maior temor da categoria é a possibilidade de demissão de cerca de 5 mil cobradores que atuam no sistema. Uma tendência vinda de outros estados e já praticada na Região Metropolitana.

Tiago Ferreira, que além de vereador também é diretor do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, confirmou que a permanência dos cobradores das passagens nos veículos está na pauta de reinvindicações da categoria. E reforçou a possibilidade de greve que paira no ar da capital baiana.

"Vamos seguir o rito legal que determina o estado de greve. Teremos, a partir daí, no mínimo 72 horas para realizar a greve ou não. Nosso objetivo real não é fazer a paralização, mas resolver o problema dos trabalhadores”, disse o petista.

O sindicato cobra ainda da Prefeitura o empenho para solucionar o problema do pagamento das rescisões dos ex-funcionários da antiga CSN.

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