Preso durante a Operação Venire, na última quarta-feira, 3, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, teve descoberta uma ilegalidade após a Polícia Federal investigar suas conversas de Whatsapp, o que foi possível com a quebra de sigilo de dados do seu celular.
Sua filha mais nova foi vacinada em junho de 2021, quando tinha 4 anos de idade. No entanto, pessoas dessa faixa etária só começaram a ser vacinadas em janeiro de 2022, sete meses depois.
O registro da vacinação da caçula e das outras duas filhas de Cid, que na época da vacinação tinham 13 e 17 anos de idade, entrou no sistema do Ministério da Saúde em dezembro de 2022, ainda que a data de vacinação tenha sido registrada como junho de 2021.
No entanto, foi constatado no sistema que Mauro Cid e as filhas foram vacinadas na mesma época, em Duque de Caxias. As conversas de whatsapp verificadas, porém, mostram que toda a família estava em Brasília na data em que consta o registro da vacinação.
Além de a caçula ter sido registrada em uma época em que crianças não podiam ser vacinadas e de as conversas do whatsapp mostrarem que a família não estava no local de vacinação na data, o registro da imunização consta que todos receberam doses da Pfizer e da Janssen. No entanto, a aplicação da Janssen nunca foi autorizada para menores de idade.