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Não entregou nada - 09/05/2023, 08:22 - Anderson Orrico

Torres nega que ordenou ações em estradas do Nordeste nas eleições

Ex-ministro prestou depoimento à PF nessa segunda

Torres é ex-ministro de Bolsonaro
Torres é ex-ministro de Bolsonaro |  Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Nessa segunda-feira (8), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres prestou depoimento à Polícia Federal e afirmou que sua preocupação durantes as eleições de 2022 era combater possíveis crimes eleitorais, não importando qual o candidato seria beneficiado.

O ex-ministro é investigado por ter usado a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em operações para atrapalhar o trânsito de eleitores de Lula no dia do segundo turno, principalmente no Nordeste. Ele negou que fez qualquer interferência nas operações da PRF durante as eleições.

O depoimento na PF durou cerca de duas horas e Anderson Torres confirmou que recebeu uma planilha com locais onde Lula e Bolsonaro foram mais votados no primeiro turno, porém disse não ter enviado o documento à PRF. A suspeita dos agentes é que essa planilha serviu de base para decidir ondes as blitze seriam montadas no Nordeste, região onde Lula tem grande apelo popular.

Como já era esperado, quando foi questionado sobre sua ida à Bahia nas vésperas do segundo turno, Torres disse que foi a convite do então diretor-geral da Polícia Federal Márcio Nunes para visitar uma obra. Na ocasião, ele teria se encontrado com o então superintendente da PF no estado, o delegado Leandro Almada.

A suspeita é que na conversa com Almada, Torres tenha ordenado que a PF se juntasse com a PRF nas operações realizadas nas estradas baianas em 30 de outubro para reforçar o número de policiais nas ruas. O ex-ministro negou que isso tenha acontecido.

Já dois dois ex-auxiliares do ministério — a ex-diretora de Inteligência Marília de Alencar e o ex-secretário de Operações Integradas Alfredo Carrijo — afirmaram que havia uma ordem para que as duas polícias realizassem operações conjuntas, o que acabou não ocorrendo.

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