O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, negou o pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) de suspender o novo júri popular dos quatro envolvidos na tragédia da Boate Kiss. A solicitação, que estava de acordo com o desejo da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, foi recusada e o julgamento foi mantido para o dia 26 de fevereiro de 2024.
O motivo do MP-RS e dos familiares das vítimas pedirem a suspensão do júri popular seria evitar um novo sofrimento aos que perderam amigos e parentes na tragédia, além de aguardar o resultado do pedido de anulação do primeiro julgamento. Porém, Toffoli considerou que o STF não poderia atuar no caso e nem chegou a analisar o pedido liminar.
Entenda os desdobramentos do caso
A tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria, matou 242 pessoas em janeiro de 2013. Quatro homens foram acusados como responsáveis pelo crime. Eles foram julgados mais de 8 anos depois, em dezembro de 2021.
Na época, os réus Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, sócios da boate, Marcelo de Jesus, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, e Luciano Bonilha, auxiliar da banda, foram condenados e chegaram a ser presos, mas saíram de trás das grades em agosto do ano passado.
Eles foram soltos após desconfiança do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul de ter irregularidades no processo. A decisão foi mantida em setembro deste ano pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça.