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Ação necessária - 16/05/2023, 21:41 - Da Redação

TJBA lança campanha para incentivar adoção tardia

Iniciativa conta com apoio do Ministério Público da Bahia (MP-BA), da Propeg

Coordenador da CIJ, desembargador Salomão Resedá
Coordenador da CIJ, desembargador Salomão Resedá |  Foto: Rafaela Araújo | Ag. A TARDE

Celebrado como Dia Nacional da Adoção, o 25 de maio dará largada, na Bahia, à campanha de sensibilização da sociedade para a adoção tardia, aquela que envolve crianças e adolescentes na faixa etária entre 5 e 17 anos de idade. Realizada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), a iniciativa conta com apoio do Ministério Público da Bahia (MP-BA), da Propeg – Agência de Comunicação e de instituições públicas e privadas.

“Filhos são eternos bebês” será o lema da campanha, a ser lançada na Arena Santiago, em Brotas, às 9h30 do dia 25, quando serão apresentadas as peças publicitárias pelo presidente da Propeg, Fernando Barros, com as presenças do presidente do TJBA, desembargador Nilson Soares Castelo Branco, do coordenador da CIJ, desembargador Salomão Resedá, além de desembargadores e juízes com competência infanto-juvenil, além de colaboradores e da imprensa. Será exibido um vídeo com depoimentos de crianças e adolescentes e informações sobre como adotar.

O evento contará também com uma palestra do juiz titular da 4ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Salvador, Sérgio Luiz Ribeiro de Souza, e com uma partida de futebol entre atletas baianos do Bahia e do Vitória e crianças aptas à adoção.

Monumentos e imóveis de Salvador - a exemplo do Elevador Lacerda, sedes da OAB, Ministério Público, UPB - União dos Municípios e de shoppings - já estão com suas fachadas iluminadas com a cor roxa, com o objetivo de alertar a sociedade para a importância da adoção, especialmente de crianças e adolescentes com chances menores. Assim permanecerão até o final da campanha, em 31 de maio.

"Crianças a partir de seis, sete anos têm grande dificuldade em serem adotadas, o que resulta em jovens que chegam à idade adulta sem qualquer perspectiva ou apoio para tocar a vida", afirma o desembargador Salomão Resedá, que ontem esteve na sede de A TARDE em busca de apoio para a campanha, sendo recebido pela diretoria do Grupo.

Além de crianças com idade avançada, a adoção tardia envolve grupos de irmãos e/ou com necessidades específicas de saúde ou deficiências. A campanha envolve ainda o incentivo a uma outra modalidade de apoio, segundo explica Resedá, o chamado apadrinhamento, que pode ser afetivo, financeiro ou assistencial. "O ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente - já prevê o apadrinhamento por pessoa física ou jurídica, ou seja, há uma previsão legal e isso precisa ser divulgado", aponta.

Em 2022, das 82 crianças adotadas no estado da Bahia, 50 tinham até 6 anos de idade e apenas 32 possuíam idade superior. Neste ano, a preferência por crianças com menos de seis anos tem se mantido. Desde janeiro, das 41 sentenças de adoção proferidas, apenas 10 foram de crianças com idade superior a 6 anos. "Não dá para aguardar o Estado, a sociedade precisa se mobilizar para mudar esse cenário", finaliza Resedá, citando as vantagens desse tipo de adoção: menos tempo na fila de espera, participação ativa do jovem no processo, pois ele também 'adota' os pais, e a chance de compartilhar amor mútuo.

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