
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), negou nesta quinta-feira (13), que a morte de uma mulher em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Pau Miúdo tenha ocorrido por negligência médica. Segundo o gestor, houve um “atendimento imediato” por parte dos funcionários.
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“A gente luta para evitar morte diariamente nesta cidade. Ela teve um atendimento imediato, não houve problema nenhum de falta de oxigênio, mas, infelizmente, não resistiu e nós lamentamos muito a perda de uma vida”, afirmou Bruno Reis.
Na última terça-feira (11), por volta das 17h20, Adnailda Souza Santos, de 42 anos, deu entrada na unidade hospitalar do Pau Miúdo com crise de falta de ar. Segundo familiares, ela veio a óbito devido à “falta de atendimento”.
O prefeito, no entanto, negou a acusação e ressaltou a ordem cronológica do atendimento, divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
“Está aí à disposição da imprensa todo o passo a passo: o minuto que ela chegou, o tempo em que foi atendida e cada procedimento registrado pelas câmeras que são utilizadas nas UPAs, justamente para que possamos fiscalizar e cobrar a organização social que presta o serviço”, enfatizou Bruno Reis.
Confira ordem cronológica
- 17h23: a paciente chega na unidade e é acolhida por dois maqueiros;
- 17h25 passar por triagem e pega a pulseira na cor laranja, com prioridade no atendimento;
- 17h27: marido chega na sala da classificação;
- 17h29: conduzida para antessala do médico;
- 17h30: marido começa a gravar. Nessa hora, segundo a SMS, o médico estava em ligação intermediando a regulação de outro paciente grave;
- 17h32: o médico solicita a entrada da paciente em consultório;
- 17h33: Dina já está na sala de estabilização, já era aguardada pelas enfermeiras;
- 17h34: um segundo cilindro de oxigênio é levado para a paciente e começa o atendimento;
- 17h36: uma enfermeira leva os kits de suporte para o atendimento;
-17h40: um novo cilindro de oxigênio é dispensado no local e tentativa de socorrer continua;
- 17h56: mais um cilindro de oxigênio é dispensado. A paciente permanece em parada cardiorrespiratória;
-18h31: é constatado o óbito após parada cardiorrespiratória.