Na representação contra Átila do Congo (Patriota), Téo Senna diz que o colega de Casa “ultrapassa limites da imunidade parlamentar”. O Portal Massa! teve acesso nesta segunda-feira (21) a trechos do documento no qual o tucano faz o pedido de cassação. A peça foi entregue na última quarta-feira (16) a Alexandre Aleluia, presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Salvador.
“As agressões verbais e ofensas proferidas pelo representado em relação ao representante foram amplamente difundidas por diversos meios de comunicação na cidade de Salvador, evidenciando a quebra do decoro parlamentar pelo representado e provam que o mesmo manchou a imagem da instituição ao profanar ofensas de caráter preconceituoso contra o representante, ultrapassando, assim, os limites da liberdade de expressão e da imunidade parlamentar”, diz a representação.
A treta entre os vereadores aconteceu no dia 14 de agosto, durante uma reunião conjunta das comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Orçamento (CFOF). Exata uma semana antes de Átila do Congo ser apontado como organizador de uma festa clandestina que horas após o fim resultou em duas mortes e quatro baleados no Alto de Coutos, Subúrbio de Salvador.
Téo Senna apresentou um parecer contrário aos projetos de Átila do Congo no colegiado e o pau quebrou. “Congo adotou uma postura incompatível com os princípios que regem o ambiente legislativo, com pronunciamentos desrespeitosos direcionados a Senna, como ‘sem palavra’ e ‘sem vergonha’, sendo necessário a intervenção de outro vereador para evitar agressão física de Congo contra Senna”, relata a peça.
“Átila do Congo fez ameaças ao afirmar que Senna estava fazendo ‘hora extra na Câmara’, sendo necessário a intervenção da Assistência Militar da Câmara para conter o representado, vez que ele ignorou tanto os apelos do presidente da comissão conjunta quanto dos seus colegas.”
![Átila do Congo entra com mesmo pedido de cassação contra Teo Senna](https://cdn.jornalmassa.com.br/img/inline/1230000/0x0/Teo-Senna-diz-que-Atila-do-Congo-ultrapassa-limite0123223900202308211155-1.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.jornalmassa.com.br%2Fimg%2Finline%2F1230000%2FTeo-Senna-diz-que-Atila-do-Congo-ultrapassa-limite0123223900202308211155.jpg%3Fxid%3D5775611%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721317272&xid=5775611)
Téo Senna afirma ainda que possui provas legais da cena do fato, como depoimentos de testemunhas, perícias, diligências e outros instrumentos aceitos por lei, incluindo matérias jornalísticas posteriores, com entrevistas do representado gravadas em vídeos, nas quais ele menciona que “se ele [Senna] fosse mais novo, sentava a mão nele”.
Segundo o presidente do Conselho de Ética da CMS, Alexandre Aleluia, Átila do Congo tem cinco dias úteis para apresentar a defesa. Curiosamente, no mesmo dia em que o pedido de Téo Senna foi entregue, Átila ingressou oficialmente com o mesmo pedido contra o tucano.
Procurada pelo Portal Massa!, a assessoria de Átila do Congo informou que ele não emitirá comentários sobre o assunto.