A votação no Supremo Tribunal Federal (SFT) não deu boa para os denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro. A votação no plenário virtual formou maioria para transformar em réus os acusados de depredar a sede do STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, em Brasília.
No final da noite da quarta-feira (19), o placar estava em 6 a 0. Votaram favoráveis o relator Alexandre de Moraes e os ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Edson Fachin e Cármen Lúcia.
Quatro ministros ainda irão apresentar seus votos no sistema eletrônico do Supremo até segunda-feira (24): André Mendonça, Nunes Marques, Rosa Weber e Luiz Fux.
Após o período dos recursos, serão abertas ações penais, com nova coleta de provas, tomada de depoimentos de testemunhas, além de interrogatórios dos réus. Não há prazo para a conclusão dos julgamentos.
Os réus vão responder por crimes como:
associação criminosa armada;
abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima; e
deterioração de patrimônio tombado.
Desde o ataque, a PGR já denunciou 1.390 pessoas por atos antidemocráticos, sendo 239 no núcleo dos executores, 1.150 no núcleo dos incitadores e uma pessoa no núcleo que investiga suposta omissão de agentes públicos.