O ministro Silvio Almeida deixou o Ministério de Direitos Humanos e Cidadania nesta sexta-feira (6), após ser demitido pelo presidente Lula (PT) frente à acusação de ter assediado sexualmente mulheres que trabalham na administração federal, dentre elas, a ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco. A decisão foi tomada após reunião entre Lula e Almeida no Palácio do Planalto.
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A irmã da vereadora Marielle Franco (Psol), inclusive, confirmou as denúncias nesta tarde, em conversa com os ministros, após o caso vir à tona. Almeida, contudo, nega as acusações. Em nota, o gestor disse que as acusações têm o intuito de "manchar a sua imagem" e podem ser consideradas como denúncias caluniosas.
"Quero repudiar com absoluta veemência, as mentiras, as falsidades que estão sendo assacadas contra mim. [...]. É muito triste viver tudo isso. Isso está doendo na minha alma, no fundo do meu coração. Tem o intuito de me apagar e apagar as minhas histórias que eu tento contar", disse.
O chefe do Executivo federal sinalizou nesta manhã a possibilidade de demitir o ministro, em meio aos desdobramentos sobre o caso. Em entrevista, o petista afirmou que "não permitirá casos de assédio" na sua gestão, mas defendeu a apuração do caso.
As queixas foram feitas por meio da organização Mee Too Brasil, que acolhe vítimas de violência sexual, e reveladas pela coluna Guilherme Amado, do Portal Metrópoles, na tarde de quinta (5).