O Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps) realizou uma manifestação na Praça Municipal nesta terça-feira (13), localizada no Centro Histórico de Salvador. A situação chegou a este ponto por conta da aprovação do Projeto de Lei (PL), na última segunda-feira (12), na Câmara Municipal, envolvendo o reajuste salarial dos servidores municipais.
A psicóloga Alessandra Nogueira detalhou quais as reivindicações com exclusividade ao Portal MASSA!. "A prefeitura já aprovou 4% de reajuste salarial, mas nós temos mais de 50% de perdas, a gente sabe que é impossível discutir 50% em um único momento, mas 4% não faz nenhum sentido", desabafou sobre proposta.
"Não existe pagar para a educação 8% e para outras categorias, 4%", completou.
Durante a manifestação, a servidora descreveu como funcionam os trâmites internos para as campanhas salariais e o que deu de errado desta vez. "Hoje (terça-feira) nós estamos em assembleia pela nossa campanha salarial de 2023, assembleia dos servidores municipais, né? Todos os anos a gente tem uma negociação pela campanha salarial e aí, quando essa negociação é aprovada, tanto pela prefeitura, quanto pelo sindicato, representando a classe trabalhadora, aí sim é enviado um PL nesses termos do acordo para a Câmara Municipal. Dessa vez não sei o que aconteceu, a revelia da categoria encaminhou o PL com a proposta que não foi um acordo, que não foi deliberado. E ainda assim, ela apresentou pontos mínimos que privilegiam uma categoria ou outra, mas que, no geral, não faz sentido para os servidores", destrinchou Alessandra.
A trabalhadora ainda destacou a propaganda divulgada pelo partido político do prefeito de Salvador, Bruno Reis, em que transmitem que ele é o melhor gestor municipal do Brasil. "Eu queria entender quem é que elege o melhor prefeito do Brasil. Então, se nós somos os melhores servidores do Brasil, nós não somos reconhecidos como deveríamos e nós não estamos querendo privilégios, estamos reivindicando nossos direitos", disparou.
Entretanto, uma possível greve está descartada no momento. "Estamos discutindo outras propostas, ainda não chegamos nesse momento de greve. Até porque, o judiciário tem favorecido a Prefeitura de Salvador, ainda que a prefeitura desconte direitos", revelou a psicóloga.
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