
O pen drive apreendido pela Polícia Federal no banheiro da casa de Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, não continha nenhuma informação relevante para a investigação que mira o ex-presidente e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por suposta tentativa de obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional.
Leia Também:
O dispositivo foi localizado durante uma operação da PF realizada na última sexta-feira (12), que também apreendeu US$ 14 mil (cerca de R$ 77 mil) e R$ 8 mil em espécie.
Além disso, os agentes encontraram uma cópia impressa de um processo aberto nos Estados Unidos pela plataforma Rumble contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O pen drive foi periciado por técnicos da PF, segundo informação divulgada pelo g1 que realizaram uma varredura completa no conteúdo. De acordo com os investigadores, nada do que foi encontrado no dispositivo contribui para o inquérito em andamento.
Após a operação, Bolsonaro afirmou à imprensa que não sabia da existência do objeto e que perguntaria à esposa, Michelle Bolsonaro, se o pen drive era dela.
"Uma pessoa pediu para ir ao banheiro e voltou com um pen drive na mão. Eu nunca abri um pen drive na minha vida. Não tenho nem laptop em casa. A gente fica preocupado com isso. Você acha que, se tivesse algo comprometedor (não sou bandido) se tivesse, estaria lá, à disposição? Vou perguntar à minha esposa se era dela", disse.
Em relação aos valores em espécie encontrados, Bolsonaro também se defendeu:
"Qual o problema de ter US$ 14 mil em casa? Todo o dólar que está lá tem recibo do Banco do Brasil. Todo dinheiro tem recibo. E dinheiro tirado da conta. Novinho. Sempre sacado do BB aqui do lado", declarou.