Rui Costa ganha status de ‘todo poderoso’ no governo Lula; entenda

Rui Costa é visto como um presidente nomeado por Lula |  Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert

"Presidente do presidente". É assim que o baiano Rui Costa (PT), ministro-chefe da Casa Civil do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é apontado por aliados baianos escutados pelo Portal MASSA!. Segundo ‘fontes palacianas’, o ex-governador da Bahia já pode ser considerado um ‘superministro’.

O termo ‘superministro’ é dado a um nome que, quando ocupa o ministério de um determinado governo, ganha força e autonomia maior que os demais ministros. Nos governos anteriores de Lula, por exemplo, José Dirceu, Antônio Palloci e Dilma Rousseff, a última foi sucessora do petista, foram tratados pela opinião pública da mesma forma.

Os acenos recentes de Lula a Rui, como a comparação com a própria Dilma, vão além. Políticos próximos ao baiano e ao grupo governista no estado afirmam que hoje o petista é disparado o principal membro do governo após o presidente. O entendimento é que o status alcançado por Rui Costa independe do fato dele ocupar a Casa Civil, e que Lula tem estimulado a imagem de ‘todo poderoso’ em torno do baiano.

Leia mais

“Minha Dilma de calças”, brinca Lula sobre Rui ‘Correria’

Nos bastidores, os aliados de Rui apontam que Lula trata o baiano como uma espécie de “presidente do presidente”, com forte poder de decisão e como a figura que deve bater o martelo em qualquer situação no Palácio do Planalto.

Eleições de 2022

A vitória de Lula em 2022 também é vista, na avaliação dos mesmos nomes escutados pelo Portal MASSA!, como um fator que turbinou o ex-governador da Bahia. No estado, o quarto maior colégio eleitoral do país, o líder petista obteve 72% dos votos no segundo turno, e Rui Costa passou a ser visto como o principal cabo eleitoral do estado, ainda fazendo o sucessor Jerônimo Rodrigues (PT) sem sustos contra ACM Neto (União Brasil), considerado favorito na disputa pelo governo.

Rui hoje já é apontado como favorito na linha de sucessão de Lula, caso o presidente não tente a reeleição em 2026. Também corre por fora o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), hoje visto em desvantagem na ‘disputa interna’ com o ex-governador baiano.