
A deputada federal Roberta Roma (PL) não votou, nesta segunda-feira (16), no regime de urgência para o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 314/2025, que visa suspender o decreto do governo Lula que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Além da esposa do presidente estadual do PL, João Roma, os deputados Zé Neto (PT), Arthur Maia (União Brasil) e Jonga Bacelar (PL) também não compareceram à votação.
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Em conversa com o Portal Massa!, algumas fontes, de forma anônima, alegaram que Roberta está fugindo de temas sensíveis entre o bolsonarismo e a base governista. Essa escolha de ficar em cima do muro estaria irritando alguns colegas de partido.
Deputados rebeldes?
Em contrapartida, os seis deputados do PSD Bahia votaram a favor de suspender o decreto do governo Lula. Os parlamentares Antônio Brito, Charles Fernandes, Diego Coronel, Gabriel Nunes, Otto Alencar Filho e Paulo Magalhães foram contrários ao Planalto.
Não é novidade?
Em fevereiro, Roberta Roma entrou em polêmica com os próprios apoiadores bolsonaristas após assinar a PEC para o fim da escala 6x1, de autoria da deputada Érika Hilton (Psol-SP). Dos 90 deputados do PL, apenas seis, incluindo Roma, assinaram a proposta.
Na época, Roberta justificou que, apesar do baixo apoio do seu partido, assinou a PEC pois acredita em um equilíbrio nas relações de trabalho.
“Cada vez mais, vemos estudos que mostram a importância de conciliar trabalho e qualidade de vida. O trabalhador deve ser um aliado do mercado, e é essencial haver esse equilíbrio para que tenhamos pessoas mais felizes, satisfeitas e produtivas. Por isso, acredito e defendo que precisamos encontrar, nessa relação entre empregador e empregado, um ponto de equilíbrio, um consenso”, declarou.
Outro ponto que causou desconforto na ala do PL Bahia foi quando Roberta não assinou o Projeto de Lei Complementar (PLC) que visava mudar as regras da Lei da Ficha Limpa e reduzir o tempo da pena de oito para dois anos, o que beneficiaria o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030.
Por fim, Roma também foi chamada até de esquerdista após não assinar um pedido de impeachment do presidente Lula (PT), de autoria do deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), por pedalada fiscal. Após muita pressão de bolsonaristas, a parlamentar botou a caneta pra jogo e fez sua assinatura na lista.
O Portal Massa! entrou em contato com Roberta Roma, mas, até o momento, não obteve resposta.