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Exclusivo para o Massa! - 09/01/2023, 19:17 - Cássio Moreira

Renan Calheiros exige "punição dura" para bolsonaristas radicais; veja

Em entrevista exclusiva para o Portal Massa!, senador fala cenas de horror em Brasília e situação de Bolsonaro

Senador foi um dos destaques da CPI da Covid no Senado
Senador foi um dos destaques da CPI da Covid no Senado |  Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

Um dos destaques da CPI da Covid em 2021, o senador Renan Calheiros (MDB) condenou, em entrevista exclusiva para o Portal Massa!, nesta segunda-feira (9), os atentados feitos pelos apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos prédios dos Três Poderes, no domingo (8).

Calheiros classificou as cenas de terrorismo como uma tentativa clara de radicalizar o processo democrático que sacramentou a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para o senador, a postura desgasta ainda mais Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde o final de dezembro, e traz a necessidade de responder pelos acontecimentos do seu governo.

"Eu acho que a eleição foi exatamente sobre isso civilidade contra barbárie. A civilidade venceu, mas uma ala histérica insiste em radicalizar o processo e promover quebra-quebra nos quartéis, deteriorar o patrimônio público e cultural, e atentar contra a democracia, contra o estado democrático de direito. Acho que isso desgasta muito Bolsonaro e a responsabilidade sobre os crimes cometidos nos últimos quatro anos no Brasil, chama a atenção para a necessidade dele responder por tudo isso", disparou Renan.

O parlamentar, pai do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), também reforçou que entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ex-chefe do Planalto seja alvo do inquérito que apura os atos antidemocráticos, além de pedir na petição que Bolsonaro passe a ser considerado fugitivo. Caso o ex-presidente não responda aos esclarecimentos, ele poderá ter a prisão preventiva decretada e ser extraditado.

"Hoje entrei com um pedido no STF, naquele inquérito que investiga atos antidemocráticos, para que Bolsonaro seja formalmente incluído como investigado nesse inquérito. Depois para que ele seja declarado fugitivo da Justiça, que seja chamado para depor. Se não responder à necessidade de esclarecimentos, ele tem a preventiva decretada, e que se faça na sequência a própria extradição", explicou o senador.

Questionado sobre possíveis riscos de rupturas democráticas, Renan afirmou que, caso não haja uma punição dura para todos os envolvidos, episódios como o do domingo poderão se repetir.

"Acho que se não houver punição dura, se não houver uma demonstração do fim dessa política de apaziguamento, essas coisas vão continuar", completou o emedebista.

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