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VAI FUNCIONAR? - 13/06/2025, 12:00 - Wiliam Falcão

Registros de facções devem seguir rastro de negociações

Deputado sugere uma 'revolução' de segurança máxima

Meta do programa é rebater s facções
Meta do programa é rebater s facções |  Foto: Ilustrativa/Divulgação/SSP-BA

A batalha contra as facções criminosas na Bahia tem deixado a população em pânico. Dessa vez, o deputado Leandro de Jesus (PL) propôs um programa para sufocar e combater esses bondes organizados, criando um cadastro de identificação dos membros do crime.

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Em entrevista exclusiva ao Portal MASSA!, o parlamentar explicou como a ideia deve funcionar na prática e quais atitudes precisam ser tomadas para que tudo dê certo.

De acordo com ele, a ideia principal é identificar os diferentes negócios dos criminosos que atuam, principalmente, no mais alto escalão da criminalidade.

“Visa trazer uma eficiência, eficácia e efetividade no combate às facções. Nós sabemos que não é à toa que hoje são chamadas de organizações criminosas porquê de fato elas funcionam como uma organização. Hierarquia, administração, negócios variados e não é novidade para ninguém que hoje essas facções não atuam apenas com tráfico de drogas e armas”, detalha.

Com a identificação dos traficantes, o cadastro poderá ser alimentado por dados de diferentes fontes, incluindo órgãos dos poderes Executivo estadual e municipal, o Judiciário, o Ministério Público e, mediante acordos de cooperação, também instituições federais.

Presídio de segurança máxima

Um dos pontos defendidos por Leandro de Jesus é a criação de um presídio de segurança máxima para que os líderes das facções sejam isolados do restante do bonde.

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Inclusive, construir novos presídios em lugares isolados, longe da zona rural, longe da zona urbana

Leandro de Jesus

“Temos que tratar o isolamento de lideranças de facções criminosas em presídios de segurança máxima, com regime disciplinar diferenciado. É preciso isolar e para isso precisamos de presídios de segurança máxima. Inclusive, construir novos presídios em lugares isolados, longe da zona rural, longe da zona urbana”, pontua.

O parlamentar também destacou que, nesses presídios, é necessário um alto controle da comunicação para que não haja nenhum contato com o mundo externo e, consequentemente, ordens de ataques.

“Tem que haver o bloqueio da comunicação ilegal dentro do sistema prisional. Sabemos que isso é possível hoje, com a instalação dos sistemas de bloqueio de sinal. Isso é um ponto fundamental”, ressalta Leandro.

Na Bahia já existe um presídio de segurança máxima e fica localizado na cidade de Serrinha. O local abriga presos que cumprem pena em regime fechado.

Rastreamento e monitoramento

Para o deputado baiano, o cadastro dos membros das facções na Bahia vai ajudar a mapear os ‘cabeças caras’ do crime e onde eles se escondem.

“É preciso seguir o dinheiro. Como é que você sufoca as organizações criminosas e o crime organizado? Seguindo o dinheiro, seguindo o fluxo financeiro para bloqueio desses bens e propriedades vinculadas ao crime organizado”, inicia.

Leandro de Jesus quer alcançar grandes líderes criminosos
Leandro de Jesus quer alcançar grandes líderes criminosos | Foto: Divulgação

“Uso de tecnologias de vídeo monitoramento, drones de reconhecimento facial em pontos críticos exatamente para identificar o modus operandi e como cada sujeito envolvido nessas facções atua”, completa.

Ações sociais

Leandro de Jesus também relatou que o programa não tem como objetivo apenas o confronto e as grandes operações policiais. De acordo com ele, ações sociais precisam ser feitas para resgatar jovens do mundo do crime.

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Nós sabemos que a população acaba sendo vulnerável pelas questões sociais

Leandro de Jesus

O deputado propôs que seja criado locais com atendimento psicossocial para pessoas vítimas de violência em decorrência das atuações das organizações criminosas.

“Muitas vezes famílias inteiras são violentadas dentro desses territórios que hoje enfrentam essa situação crítica da violência e essas famílias são vítimas e não tem apoio. Então é importante essa criação de programas sociais para jovens em situação de vulnerabilidade”, ressalta.

De acordo com ele, a população que fica na ‘boca’ da guerra é quem mais sofre com toda estrutura montada pelo crime, que gera guerra e disputa por territórios.

“Ações sociais nos locais de maiores conflitos. Nós sabemos que a população acaba sendo vulnerável pelas questões sociais, então essas ações de reintegração de área de risco, priorizando os jovens e as famílias mais vulneráveis”, pontua o deputado estadual.

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