![Governador eleito de São Paulo pula fora do bolsonarismo](https://cdn.jornalmassa.com.br/img/Artigo-Destaque/1210000/380x300/Artigo-Destaque_01212120_00-ScaleOutside-1.webp?fallback=%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1210000%2FArtigo-Destaque_01212120_00.jpg%3Fxid%3D5618497&xid=5618497)
Na contramão do bolsonarismo, o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), descartou usar qualquer discurso radical ou acirramento dos ânimos contra políticos adversários e o Poder Judiciário, estratégia usada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante os quatro anos de mandato.
Em entrevista ao canal CNN Brasil, Tarcísio também negou que seja um bolsonarista tradicional e disse que não pretende promover uma guerra ideológica. Ele ainda fez afagos ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), alvo de frequentes ataques dos eleitores de Bolsonaro e do próprio presidente da República.
“Eu nunca fui bolsonarista raiz. Comungo das ideias econômicas principalmente desse governo Bolsonaro. A valorização da livre iniciativa, os estímulos ao empreendedorismo, a busca do capital privado, a visão liberal. Sou cristão, contra aborto, contra liberação de drogas, mas não vou entrar em guerra ideológica e cultural”, disparou Tarcisio, que ainda falou em pacificar o país e elogiou Barroso.
“O Brasil está muito tenso e dividido. Precisa pacificar. Outro dia morreu o (ex-governador) Fleury. Eu coloco lá uma mensagem nas redes sociais para confortar a família. Trata-se de um ex-governador do estado que eu vou governar. E recebo críticas”, continuou.
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“Não vou fazer o que erramos no governo federal de tensionar com Poderes. Vamos conversar com ministros do STF. E Barroso é um ministro preparadíssimo, razoável. Sempre que eu, na condição de ministro [da Infraestrutura], precisei dele, ele ajudou o ministério. Sempre votou a favor das nossas demandas. Mas ‘os caras’ me esculhambaram”, completou o ex-ministro da Infraestrutura, que assume o governo de São Paulo em janeiro.