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Não era bolsonarista? - 05/12/2022, 18:09 - Cássio Moreira - Atualizado em 05/12/2022, 18:22

Querendo se livrar de Bolsonaro, Tarcísio descarta "guerra ideológica"

Governador eleito de São Paulo descarta discurso radical e faz afago até para ao STF

Governador eleito de São Paulo pula fora do bolsonarismo
Governador eleito de São Paulo pula fora do bolsonarismo |  Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Na contramão do bolsonarismo, o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), descartou usar qualquer discurso radical ou acirramento dos ânimos contra políticos adversários e o Poder Judiciário, estratégia usada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante os quatro anos de mandato.

Em entrevista ao canal CNN Brasil, Tarcísio também negou que seja um bolsonarista tradicional e disse que não pretende promover uma guerra ideológica. Ele ainda fez afagos ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), alvo de frequentes ataques dos eleitores de Bolsonaro e do próprio presidente da República.

“Eu nunca fui bolsonarista raiz. Comungo das ideias econômicas principalmente desse governo Bolsonaro. A valorização da livre iniciativa, os estímulos ao empreendedorismo, a busca do capital privado, a visão liberal. Sou cristão, contra aborto, contra liberação de drogas, mas não vou entrar em guerra ideológica e cultural”, disparou Tarcisio, que ainda falou em pacificar o país e elogiou Barroso.

“O Brasil está muito tenso e dividido. Precisa pacificar. Outro dia morreu o (ex-governador) Fleury. Eu coloco lá uma mensagem nas redes sociais para confortar a família. Trata-se de um ex-governador do estado que eu vou governar. E recebo críticas”, continuou.

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“Não vou fazer o que erramos no governo federal de tensionar com Poderes. Vamos conversar com ministros do STF. E Barroso é um ministro preparadíssimo, razoável. Sempre que eu, na condição de ministro [da Infraestrutura], precisei dele, ele ajudou o ministério. Sempre votou a favor das nossas demandas. Mas ‘os caras’ me esculhambaram”, completou o ex-ministro da Infraestrutura, que assume o governo de São Paulo em janeiro.

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