
O Morar Melhor atingiu uma expressiva marca, nesta segunda-feira (17), ao ultrapassar 55 mil casas reformadas em Salvador após quase 10 anos de existência do programa. O número foi alcançado com a entrega de 100 residências requalificadas na Boca do Rio, onde a iniciativa chegou pela quarta vez. Durante visita ao bairro, o prefeito Bruno Reis falou sobre a projeção e impacto social que a iniciativa tem promovido nas comunidades.
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“Nossa meta é chegar a 60 mil casas até o final de 2025, o que dará uma média de 6 mil unidades por ano. Uma ação como essa possui um alcance transformador numa cidade como Salvador, que historicamente é marcada pelas desigualdades sociais. Estamos levando mais dignidade, conforto, paz, segurança e tranquilidade para aquelas famílias que viviam em condições precárias de habitação. Tudo isso sem fazê-las mudarem de endereço”, reforçou.
O programa realiza melhorias como troca de telhados, reboco, pintura, substituição de portas e janelas, além de revisão das instalações elétricas e hidráulicas. Os serviços ocorrem conforme as demandas apresentadas pelos moradores.
Somente no bairro da Boca do Rio, 749 casas foram reformadas pela Prefeitura. No local, o prefeito conheceu a história da cozinheira Cleonice Caetano de Jesus, 58 anos, moradora da comunidade Irmã Dulce há três décadas e uma das beneficiadas pelo programa nesta etapa. Mãe solo de sete filhos, ela sustenta a família vendendo almoços e salgados na vizinhança.
Criado em outubro de 2015 para oferecer melhores condições de moradia a famílias em situação de vulnerabilidade, o Morar Melhor tem sido um dos principais motores da transformação urbana na capital baiana nesses quase dez anos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), órgão que coordena a iniciativa, já são 55.007 casas na capital baiana em mais de 300 localidades.
A seleção segue como precariedade dos bairros, baseado em dados do IBGE e na observação de campo; áreas com maior predominância de domicílios com alvenaria sem revestimento; com maior predominância de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza e com maior incidência de mulheres chefes de família, entre outros requisitos. Não são contemplados imóveis em situação de risco, imóveis de aluguel ou famílias que apresentem renda superior a três salários mínimos.