25º Salvador, Bahia
previsao diaria
Facebook Instagram
WHATSAPP
Receba notícias no WhatsApp Entre no grupo do MASSA!
Home / Política

Memória - 20/07/2023, 12:50 - Vinicius Rebouças - Atualizado em 20/07/2023, 13:46

Prisão, inelegibilidade e cassação: a 'nova cara' do Bolsonarismo

Apoiadores de Jair Bolsonaro começam a ser esmagados pelo 'rolo compressor' da Justiça

Jair Bolsonaro está inelegível e com a base apoiadora em frangalhos
Jair Bolsonaro está inelegível e com a base apoiadora em frangalhos |  Foto: Evaristo Sá / AFP

Jair Bolsonaro (PL) assiste a queda dos principais apoiadores que teve antes, durante e depois da passagem pelo Palácio do Planalto, em Brasília. O próprio ex-presidente está inelegível por oito anos. A condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

A Corte alega que Bolsonaro foi propagador de mentira, desinformação e ainda conspirou contra a democracia. Os mesmos argumentos usados nos mais variados processos contra os baluartes do bolsonarismo, que se vê em ruínas. O Portal Massa! reuniu os principais titulares desse time que em breve pode sair de campo. Alguns já foram mandados para o chuveiro.

Daniel Silveira foi condenado por ameaça à Democracia
Daniel Silveira foi condenado por ameaça à Democracia | Foto: Pablo Valadares / Agência Câmara

Daniel Silveira

O ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) encabeça a lista porque foi parar atrás das grandes, em fevereiro desse ano, após ameaçar e incitar violência contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Agora cumpre pena após condenações pelos crimes de ameaça ao Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo.

Nesta semana ele foi apontado como autor de um plano de golpe de Estado que envolvia a gravação ilegal de uma conversa com o ministro 'Xandão'. A indicação foi feita pelo antigo aliado, o senador Marcos do Val em depoimento à Polícia Federal.

Marcos do Val é julgado por participar de um esquema de golpe de Estado
Marcos do Val é julgado por participar de um esquema de golpe de Estado | Foto: Agência Senado

Marcos do Val

Alvo do ressentimento de Daniel Silveira, Marcos do Val (Podemos-ES) está no olho do furacão. O senador é investigado em inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado tratada em reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). E prestou depoimento por seis horas.

Chamado de "traidor" por bolsonaristas, em fevereiro Do Val antecipou os fatos e explanou que seria chamado para depor por ter denunciado o ex-presidente por suposta coação para dar um golpe de estado. Na mesma toada, ameaçou entregar o mandato e abandonar a política. Não fez nem uma coisa, nem outra.

Deltan teve mandato cassado com base na Lei da Ficha Limpa
Deltan teve mandato cassado com base na Lei da Ficha Limpa | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Deltan Dallagnol

Quem passou longe desses esquemas foi Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Ainda assim, ele não é mais deputado federal. Foi cassado, para desespero de Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e do Movimento Brasil Livre (MBL). A decisão tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio deste ano foi com base na Lei da Ficha Limpa. E foi tratada como 'perseguição' pelo japonês do MBL.

A Corte entendeu que 'o homem do Power Point' antecipou o pedido de exoneração do cargo de procurador da República. Simultaneamente, ele era alvo de 15 procedimentos administrativos em trâmite no Conselho Nacional do Ministério Público. A saída foi entendida como uma manobra judicial. Ao pedir exoneração, o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato esquivou-se da inelegibilidade por 8 anos.

Sergio Moro estourou o teto para disputa ao Senado em R$ 800 mil
Sergio Moro estourou o teto para disputa ao Senado em R$ 800 mil | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Sergio Moro

O aliado de Dallagnol na Lava Jato, Sergio Moro (União Brasil-PR) também pode perder o mandato. O senador é suspeito de abuso de poder econômico na pré-campanha das eleições de 2022, além de outras irregularidades. A denúncia foi veiculada originalmente pelo Folha de S. Paulo.

Moro teria declarado um gasto de R$ 5,2 milhões ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná. No entanto, o teto para a disputa pelo Senado pelo estado era de R$ 4,4 milhões. Como cabe recurso, o caso irá parar na esfera superior e o ex-juiz, ex-ministro e ex-ídolo nacional, certamente, irá a julgamento no TSE.

Carla Zambelli dispensa apresentações
Carla Zambelli dispensa apresentações | Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara

Carla Zambelli

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também está na mesma berlinda que o padrinho de casamento dela, Sergio Moro. O TRE de São Paulo analisa duas ações contra ela. Denúncias de abuso do poder político e econômico, e também do uso dos meios de comunicação com a divulgação de informações falsas sobre o processo de votação brasileiro.

A tendência é que os dois processos sejam levados ao plenário ainda este ano, já que foram distribuídos no tribunal regional em dezembro do ano passado e, por lei, o prazo de tramitação é de 12 meses.

Além disso, o STF marcou para agosto o julgamento de denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra ela por porte ilegal de arma de fogo. Zambelli sacou e apontou uma arma para pessoas nas ruas de São Paulo (SP), em 29 de outubro de 2022, véspera do 2º turno da eleição presidencial. A deputada ainda perseguiu um homem com a arma em mãos.

Baixo Clero

A capivara de Zambelli é tão extensa que causa um problema de escassez de linhas para detalhar outros casos. Mas sim, há outros parlamentares que também possuem ações que podem resultar em cassação de mandato. Entre eles, André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Sílvia Waiãpi (PL-AP). Os três são investigados por suposta incitação aos atos golpistas de 8 de janeiro.

exclamção leia também