Dois meses após os burburinhos de que os ex-governadores da Bahia, Jaques Wagner e Rui Costa, estariam com as relações cortadas, o presidente do PT no estado, Éden Valadares resolveu, nesta terça-feira (8), botar panos quentes na situação - que antes era dada como irreversível nos bastidores do poder.
"Quem apostar na divisão de Wagner e Rui ou de Jerônimo com eles vai dar com burros n’água. A oposição faz uma certa aposta de que nós vamos rachar, de que Rui vai brigar com Wagner, de que Wagner vai brigar com Rui porque pensam de formas diferentes. Nesses 43 anos de PT quem apostou que eles iam brigar perdeu a eleição. Perdeu no sindicato, perdeu no PT, perdeu na urna. Eles têm uma relação quase que de irmão mais velho e irmão mais novo.”
Apesar da declaração de Éden, não é segredo nos corredores do Congresso que o Ministro da Casa Civil e o senador andaram se bicando. Em junho deste ano, Wagner teria dito aos chegados que não mais compareceria a eventos públicos que tivessem a presença do pupilo. O que justificou, à época, a ausência dele na abertura da Bahia Farm Show, evento comparecido pelo presidente Lula e de suma importância para afinar os bigodes com o agronegócio.
O motivo das rusgas entre Rui e Wagner seria o de sempre: imposição democrática de candidatos para as eleições municipais. Só que dessa vez o ministro teria ampliado o campo, antes restrito a Salvador, para vários municípios baianos.
Apesar desse assunto não ter qualquer relação com o governador Jerônimo Rodrigues, o presidente do PT baiano fez questão de colocá-lo no bolo. Éden disse ainda que a nova aposta da oposição é a de que Jerônimo não vai conseguir se equilibrar entre as opiniões do senador e do ministro da Casa Civil.
“Por mim, eles continuam apostando nessas histórias porque a gente continua ganhando a eleição. Que eles continuem nos subestimando porque a gente vai continuar trabalhando muito, fazendo muita política e fazendo um governo ainda melhor.”
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