O potencial sucateamento do Sistema S fez Kelsor Fernandes, presidente da Fecomércio-BA desabafar hoje (19) em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, da Rádio Metrópole. Ele é contra o repasse de 5% dos recursos para a Embratur, proposto pelo presidente da entidade, Marcelo Freixo. "Na calada da noite ele traiu todo o Sistema e foi lá propor um absurdo desses. Nada justifica", criticou.
A aprovação no Senado da antiga Medida Provisória (MP) 1.147 de 2022, agora Projeto de Lei de Conversão (PLV) 09/2023, deve resultar no fechamento de unidades do Sesc (Serviço Social do Comércio) e do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) em mais de 100 cidades, segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Tudo isso, segundo Kelsor, por causa do "jabuti" de Freixo inserido no texto da PLV.
"Para você ter uma ideia, 26 senadores protocolaram requerimento para retirada desses artigos 11 e 12. Nós queremos que a PLV seja aprovada, mas sem esse jabuti. Nós temos em torno de 46 senadores comprometidos pela não aprovação do texto", explicou.
Para o presidente da Fecomércio-BA o esforço pode ser em vão "caso o governo monte um rolo compressor". Uma batalha cujo horizonte não aponta ajuda da bancada baiana, conforme revelado pelo, gestor. Ele reclamou do silêncio dos senadores Otto Alencar (PSD) e Jaques Wagner (PT) para o caso. A dupla sequer o atende para debater a questão.
"Nós temos o senador Otto que é líder do partido que tem 16 votos. E o senador Wagner que é líder do governo. Essas pessoas são de suma importância para a gente conversar e eles simplesmente não têm agenda. O argumento é esse. Não têm agenda para falar com o presidente da Fecomércio.