O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro de 2023, quando foram invadidas as sedes dos Três Poderes, não foram uma tentativa de golpe de Estado. À época, milhares de pessoas se revoltaram com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atacaram os prédios.
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Motta repudiou os atos, mas indicou que apenas configuraram "uma agressão às instituições" promovida por "vândalos e baderneiros". Segundo ele, não houve nenhum tipo de articulação política para caracterizar um golpe.
"O que aconteceu não pode ser admitido novamente, foi uma agressão às instituições. Agora, querer dizer que foi um golpe… Golpe tem que ter um líder, uma pessoa estimulando, tem que ter apoio de outras instituições interessadas, e não teve isso", explicou em entrevista à rádio Arapuan, nesta sexta-feira (7).
A fala do presidente da Câmara acontece em meio à pressão de bolsonaristas para que avance a proposta de anistia aos condenados pela invasão. A medida perdoaria os envolvidos em 'manifestações' políticas e eleitorais no período entre 8 de janeiro de 2023 e a entrada em vigor da eventual lei, restringindo punições apenas a crimes de depredação de patrimônio público.
Hugo, no entanto, não assumiu nenhum tipo de compromisso para pautar o projeto de anistia. Ele afirmou que a decisão será tomada em conjunto com os líderes da Câmara.
"Não posso chegar aqui e dizer que vou pautar a anistia semana que vem, ou não vamos pautar. Será um tema que vamos analisando, digerindo", pontuou.
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