O prefeito eleito de Pojuca, Luizinho Trinchão (PSD), e o ex-prefeito Duda Leite (PSDB) estão sendo acusados de pagar vereadores para desistirem de suas candidaturas e aderirem ao grupo governista nas eleições de 2024. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) foi movida pelo ex-candidato a prefeito Jocelito Grilo de Santana (PRD).
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Segundo a denúncia, lideranças políticas teriam sido cooptadas com ofertas de até R$ 25 mil para abandonar seus grupos, desistirem das candidaturas e apoiar Luizinho Trinchão. Uma das pessoas que teria aceitado a proposta foi o então candidato a vereador Adenilton Paulino da Silva (PRD).
Vale ressaltar que Adenilton, também conhecido como Nilton do Riachão, de fato renunciou à sua candidatura.
O Portal Massa! teve acesso à ata notarial com depoimentos e constatação dos fatos, na qual a também candidata a vereadora Marli Nascimento de Jesus afirma que Nilton fez uma proposta financeira a ela e a outras lideranças da oposição para que aderissem ao grupo de Trinchão. A denúncia foi formalizada com áudios de Adenilton, nos quais ele confirma que tanto Luizinho Trinchão quanto Duda Leite estavam cientes e lideravam o processo de cooptação.
Não é só em Pojuca
Casos semelhantes fortalecem a tese da acusação. A denúncia segue um padrão já observado em outras decisões judiciais recentes na Bahia. Em Ubaitaba, por exemplo, a Justiça declarou a inelegibilidade do ex-prefeito Beda por abuso de poder econômico e político. Em Conceição do Almeida, a prefeita e o vice correm risco de perder os cargos por contratações em massa na véspera da eleição. Já em Maragogipe, o Ministério Público solicitou a cassação dos mandatos do prefeito e do vice por práticas semelhantes às denunciadas em Pojuca.
Quais são os próximos passos?
Na AIJE pojucana, os pedidos incluem a cassação imediata da diplomação de Luiz Trinchão e Lenivaldo Palmeiras, a declaração de inelegibilidade de Carlos Eduardo Bastos Leite e a convocação de novas eleições, com base nos artigos 41-A da Lei nº 9.504/97 e 22 da Lei Complementar nº 64/90.
O Ministério Público Eleitoral já foi acionado e deve se manifestar sobre o caso, que também pode envolver atos de improbidade administrativa e crime de corrupção eleitoral, conforme previsto no artigo 299 do Código Eleitoral.
O que afirma a denunciante?
O Massa! entrou em contato com Marli Nascimento de Jesus, que disse que não iria se manifestar e que já deixou tudo claro no processo.
Prefeitura de Pojuca
A reportagem também entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Pojuca, mas, até o momento, não obteve retorno.
Confira denúncia:
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