A decisão que liberou o pagamento do piso salarial da enfermagem continua preocupando prefeitos de várias cidades da Bahia. Nesta sexta-feira (19), o prefeito de Belo Campo e presidente da União dos Prefeitos da Bahia (UPB), Quinho (PSD), em evento na Secretaria de Saúde da Bahia, relatou que ficou angustiado sem saber como vai fazer para garantir a quantia.
“O município de Belo Campo tem aproximadamente 20 mil habitantes. Nós fizemos um levantamento e ficamos com um déficit de R$ 202 mil por mês. Recebi R$ 14.700 e gastamos R$ 216 mil. Ficaram de fora municípios que tem a saúde terceirizada, alguns municípios ao invés de dar manutenção ao mínimo possível dos profissionais, ficarão sem poder pagar nem um terço da sua folha. Nós temos 97% dos municípios baianos que terão déficit no pagamento do piso”, afirmou Quinho.
O prefeito também falou sobre a revogação da suspensão feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
“Isso nos deixou extremamente confusos. O Brasil voltou. Estamos reconstruindo o país e para isso é preciso dar um passo para trás para dar dois na frente. Nós, queremos juntamente com o ministério da Saúde e com o nosso governador Jerônimo, reconstruir esse país que ao longo dos anos tem sofrido tanto”, reforçou.
O presidente da UPB ainda terminou fazendo um apelo. “Quero humildemente em nome das prefeitas, dos prefeitos, dos deputados e da nossa secretária Roberta que façamos um grande levantamento com muita verdade para mostrar ao povo brasileiro que a gestão do presidente Lula é diferente. Aqui na Bahia nós acreditamos no potencial e demos a maior vitória com mais de 4 milhões de votos porque compreendemos que ele gosta de gente e tem sensibilidade”.