Paulo Guedes está otimista com a reeleição de Jair Bolsonaro (PL), e o ministro da Economia já trabalha em um ambicioso plano para refundar a legislação sobre as contas públicas do país. A intenção é mudar o teto de gastos e "quebrar o piso", ou seja, frear o crescimento de despesas que hoje pressionam o Orçamento, como os benefícios previdenciários ou atrelados ao salário mínimo.
Para ele, o assunto é um legado de sua gestão, mas a proposta só deve ser oficializada se houver vitória de Bolsonaro no dia 30 de outubro, até o momento, a maioria das pesquisas apontam vitória de Lula. Nesse caso, de reeleição, uma PEC (proposta de emenda à Constituição) seria apresentada no dia seguinte à eleição.
A permanência de Guedes em um eventual segundo mandato de Bolsonaro, afirmam interlocutores, estaria condicionada à disposição do Palácio do Planalto de abraçar os planos para o que ele chama de "novo marco fiscal".
Entretanto, as notícias não são exatamente boas nesse novo marco. Uma vez que os reajustes de salário mínimo não iriam estar mais vinculado com a inflação do ano anterior. Na nova regra, o piso considera a expectativa de inflação e é corrigido, no mínimo, pela meta da inflação.
Isso abre a possibilidade de correção abaixo da inflação real para os previdenciários e para quem recebe com base no salário mínimo. Algo até então garantido por lei.